O texto foi destinado ao juiz responsável pelo caso, Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia. Tiago começa a carta dizendo que seu objetivo era ser um "cidadão de bem", mas que "as coisas tomaram outro rumo".
Em seguida, ele se diz disposto a colaborar com a justiça para "revelar os fatos" e cita supostos "erros" em seu processo. Tiago ainda pede perdão às famílias de suas vítimas e reitera que não é "indiferente".
Sobre os crimes que cometeu, o suposto serial killer ainda afirma que se lembra de ter disparado a arma em alguns casos, "principalmente os últimos", e cita as mortes de Ana Lídia e Ana Maria.
Segundo ele, no entanto, a maioria dos crimes aconteceu quando estava sob o efeito do álcool. "às vezes eu saía nas ruas alcoolizado e com grande exaltação de ânimo, depois que via a vítima ficava 'cego'", diz. Tiago termina a carta com um agradecimento. "Espero ter a chance de falar com a imprensa e no mais agradeço a todos", finaliza.
Confira abaixo a íntegra do documento:
"Ao excelentíssimo
"Conhece-te a ti mesmo": talvez seja esse o maior desafio que temos. Desde o início minha meta era ser um cidadão de bem, mas inexplicavelmente as coisas tomaram outro rumo. Estou disposto a colaborar com a justiça e revelar os fatos, porém tenho que denunciar alguns erros em meu processo: na delegacia fui pressionado a falar; houve calunias (sic); a imprensa causou tumulto; o resultado no laudo médico foi apenas fachada pra me condenar; houve parcialidade nesta comarca, mas creio que daqui em diante haverá mudanças, meu caso está em boas mãos. Hoje peço perdão às famílias que vitimei e seja o que Deus quizer (sic).
Não sou indiferente, embora pareça. Acredito que de onde vem um grande mal também pode vir um grande bem, basta mudar. Não é fácil explicar o que me levou a cometer esses crimes, terá sito uma força maior? Em alguns casos eu lembro de ter disparado a arma contra a vítima, principalmente os últimos como nos casos de Ana Lídia e Ana Maria. Os casos da Beatriz e do Mauro são parecidos com os outros, às vezes eu saia (sic) nas ruas alcoolizado e com grande exaltação de ânimo, depois que via a vítima ficava 'cego' e só recobrava a consciência depois que estava fugindo, aí já era tarde. Espero ter a chance de falar com a imprensa e no mais agradeço a todos, disponha.
Publique-se. Divulgue-se."