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Goiânia

"Minha meta era ser um cidadão de bem", diz suposto serial killer

Tiago Henrique escreveu carta a juiz | 26.05.15 - 18:49 "Minha meta era ser um cidadão de bem", diz suposto serial killer (Foto: TJ Goiás)

Lorena Lara

Goiânia - A terceira carta escrita pelo suposto serial killer Tiago Henrique Gomes da Rocha foi divulgada nesta terça-feira (26/5), durante audiência sobre a morte da jovem Janaína Nicácio de Souza, de 24 anos, morta em 2014.

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O texto foi destinado ao juiz responsável pelo caso, Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia. Tiago começa a carta dizendo que seu objetivo era ser um "cidadão de bem", mas que "as coisas tomaram outro rumo".
 
Em seguida, ele se diz disposto a colaborar com a justiça para "revelar os fatos" e cita supostos "erros" em seu processo. Tiago ainda pede perdão às famílias de suas vítimas e reitera que não é "indiferente".
 
Sobre os crimes que cometeu, o suposto serial killer ainda afirma que se lembra de ter disparado a arma em alguns casos, "principalmente os últimos", e cita as mortes de Ana Lídia e Ana Maria.
 
Segundo ele, no entanto, a maioria dos crimes aconteceu quando estava sob o efeito do álcool. "às vezes eu saía nas ruas alcoolizado e com grande exaltação de ânimo, depois que via a vítima ficava 'cego'", diz. Tiago termina a carta com um agradecimento. "Espero ter a chance de falar com a imprensa e no mais agradeço a todos", finaliza.
 
Confira abaixo a íntegra do documento:
 
"Ao excelentíssimo
 
"Conhece-te a ti mesmo": talvez seja esse o maior desafio que temos. Desde o início minha meta era ser um cidadão de bem, mas inexplicavelmente as coisas tomaram outro rumo. Estou disposto a colaborar com a justiça e revelar os fatos, porém tenho que denunciar alguns erros em meu processo: na delegacia fui pressionado a falar; houve calunias (sic); a imprensa causou tumulto; o resultado no laudo médico foi apenas fachada pra me condenar; houve parcialidade nesta comarca, mas creio que daqui em diante haverá mudanças, meu caso está em boas mãos. Hoje peço perdão às famílias que vitimei e seja o que Deus quizer (sic).
 
Não sou indiferente, embora pareça. Acredito que de onde vem um grande mal também pode vir um grande bem, basta mudar. Não é fácil explicar o que me levou a cometer esses crimes, terá sito uma força maior? Em alguns casos eu lembro de ter disparado a arma contra a vítima, principalmente os últimos como nos casos de Ana Lídia e Ana Maria. Os casos da Beatriz e do Mauro são parecidos com os outros, às vezes eu saia (sic) nas ruas alcoolizado e com grande exaltação de ânimo, depois que via a vítima ficava 'cego' e só recobrava a consciência depois que estava fugindo, aí já era tarde. Espero ter a chance de falar com a imprensa e no mais agradeço a todos, disponha.
 
Publique-se. Divulgue-se."

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