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Dia do motociclista

Detran-GO leva arte e educação no trânsito para as ruas de Goiânia

Atividades de conscientização são realizadas | 27.07.15 - 15:20 Detran-GO leva arte e educação no trânsito para as ruas de Goiânia (Foto: Kamylla Rodrigues)
Kamylla Rodrigues
 
Goiânia - A arte circense encantou muitos motoristas que passaram pelas praças do Nova Suíça, Tamandaré e do Bandeirante, nesta segunda-feira (27/7). As acrobacias e atrações não buscavam uma contrapartida financeira do público, mas sim chamar atenção para os problemas no trânsito que podem ser evitados com ações simples.
 
As atividades artísticas, realizadas nos períodos da manhã e da tarde, fazem parte da comemoração de duas datas importantes para a mobilidade urbana: o Dia do Motorista (25/7) e o Dia do Motociclista (27/7). As ações foram desenvolvidas pelo Detran Goiás, em parceria com os grupos Cia Circulango, Monstros do Circo Crew e Trupe Acroex. 
 
Nos três pontos da Capital, onde foram montados blitzes educativas, equipes do órgão distribuíram coletes refletivos e antenas corta-pipas para motociclistas, além de cartilhas educativas e outros materiais para os usuários das vias.
 

Equipes do Detran entregam material educativo para os condutores (Foto: Kamylla Rodrigues)
 
De acordo com o diretor técnico e de atendimento do Detran, João Balestra, a ação tem como objetivo conscientizar todos sobre ações simples que podem salvar vidas. “Nosso trânsito continua muito violento e o que as pessoas precisam pensar é que são elas as responsáveis por isso. Aqiui nós alertamos sobre o uso adequado do capacete, do cinto segurança para todos os passageiros do veículo, sobre não beber antes de dirigir, respeitar os pedestres e, talvez o principal deles, não trafegar em excesso de velocidade. Entendemos que assim nós formamos uma cultura maior em relação à segurança no trânsito”, ressaltou.
 
Balestra ponderou que ações educativas devem andar juntas com as punitivas. “A punição, em grande parte dos casos, também educa porque dói  no bolso e a ação educativa conscientiza, chama a atenção e promove a reflexão. Uma completa a outra”, disse.

O motoboy Rafael dos Santos aprovou a iniciativa. "Muitas vezes pegamos os panfletos, colocamos dentro do bolso e vamos embora. A apresentação é diferente. Está ali, na sua frente. É engraçado e nos faz pensar em como somos imprudentes quando assumimos a direção do veículo. Trazer para as ruas e mostrar a realidade é uma forma de abrir nosso olhos e nossa consciencia, já que na correria do dia a dia, não paramos nem para pensar em nossas atitudes", complementou. 
 
Praça Tamandaré
Na Praça Tamandaré, Gustavo Santana e Flávia Carolina, da companhia Circulango, comandaram as atividades com monociclo, malabares com cones e música. A apresentação teatral abordou o uso do capacete. “A forma lúdica de tratar desse assunto chama a atenção de qualquer pessoa. Nossa apresentação dura poucos segundos, mas consegue promover a reflexão”, disse Flávia. Confira:
 
 
Praça Nova Suiça
Na praça Wilson Sales, do Setor Nova Suíça, o artista Wender Alves, da Trupe Acroex, também se aventurou com o monociclo e malabares. De uma forma mais ousada, ele circulou entre os carros vistoriando os condutores. “De uma forma divertida, nós trabalhamos com um assunto sério. Eu passo pelos veículos e quando vejo algo irregular, busco alertar, por exemplo alguém sem cinto, ou falando no celular. As pessoas tiram da cabeça a ideia de uma fiscalização e a maioria corrige o erro na mesma hora”, disse Wender. Confira o vídeo da apresentação:
 

 
 
Praça do Bandeirante
No centro da Capital, a dupla do Monstros do Circo Crew, atraiu os olhares não só dos motoristas, mas também de quem estava no ônibus, ou passando pela faixa de pedestre. A atração foi a dança Break, popularmente conhecida como dança de rua. “Nós unimos a arte a um tema muito importante que passa despercebido por conta da pressa de muitos. Nossa dança buscou repassar para as pessoas a importância de conduzir um carro, moto, ônibus, caminhão e até uma bicicleta com cuidado”, informou Rafael Oliveira, um dos integrantes da dupla. Confira o vídeo:
 


 
Menos pressa, mais educação
Apesar das datas comemorativas aos motoristas e aos motociclistas, para o diretor João Balestra não há o que se celebrar. “Ainda não há o que comemorar porque ainda existe um alto índice de acidentes, principalmente envolvendo motociclistas. São dias de reflexão sobre o que podemos melhorar. No trânsito não é sua vida que está em risco, mas a de todo mundo. Não vamos deixar a pressa provocar marcas, cicatrizes e perdas”, alertou.
 
Motoboy há 10 anos, Ricardo Costa conhece bem os perigos do trânsito, já que o tempo curto entre um serviço e outro exige habilidade e um pouco de sorte. “A pressão para que você chegue no horário certo é muito grande e acabamos levando essa carga para as ruas. Eu admitido que cometemos muitos erros e que precisamos mesmo analisar se vale a pena. Eu já quase morri com uma fechada de um ônibus. Às vezes passo por algumas situações em que penso ‘que sorte!’”, revelou Ricardo.
 
Para o corretor de seguros Eduardo Paulino da Silva, motorista há 40 anos, a educação no trânsito deveria começar nas escolas. “Na minha época pouco se falava na gentileza nas ruas. De lá para cá, isso evoluiu pouco. Acho que as escolas deveriam se empenhar para formar condutores desde cedo, porque talvez assim o trânsito do futuro seja mais saudável e menos violento”, completou. 

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