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CPI da Petrobras

Delator é 'mentiroso contumaz', afirma Renato Duque durante acareação

Eles ficaram frente à frente em audiência | 02.09.15 - 14:41
Brasília - O engenheiro Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, preso na Operação Lava Jato, afirmou nesta quarta-feira (2/9) na CPI que investiga corrupção na estatal, que o delator Augusto Mendonça "é um mentiroso contumaz". Duque e o delator estavam frente à frente em audiência de acareação na CPI da qual também participou o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso na Lava Jato.

Duque e Vaccari permaneceram em silêncio, alegando orientação de seus advogados. Mas o ex-diretor de Serviços da Petrobras repetiu inúmeras vezes que o delator "é um mentiroso". Mendonça confirmou aos deputados da CPI que fez "contribuições" ao PT - valores tirados da propina que afirma ter pago a Duque. A pedido do então diretor de Serviços da Petrobras, Mendonça disse que procurou Vaccari para ajustar os repasses. "Ele (Mendonça) é um mentiroso,ele sabe disso", reafirmou Duque, olhando para o delator. "Não consegue provar nada porque ele não tem nada para provar, porque ele mente."

'Tigrão'
O misterioso personagem "Tigrão" dividiu a sessão da CPI da Petrobras em Curitiba, base da Operação Lava Jato. Em seus depoimentos à Polícia Federal e à Justiça Federal, Mendonça disse que Duque enviava emissários a seu escritório para retirar propinas em espécie. Os emissários de Duque eram identificados pela alcunha "Tigrão", segundo Mendonça.

À CPI, Mendonça, que representava a Toyo Setal em negócios com a Petrobras, afirmou que eram pelo menos três os "Tigrões" de Duque. Descreveu um deles como "gordinho" com um metro e 70 de altura, aproximadamente. Este ia "mais vezes" retirar o dinheiro. "Quem é 'Tigrão', onde mora esse 'Tigrão'? Qual é a identidade desse 'Tigrão'? questionou o deputado Luiz Sérgio (PT/RJ), relator da CPI. "Era um codinome, não sei quem era. Foram pelo menos três pessoas com esse codinome 'Tigrão'", respondeu o delator. "Uma pessoa foi várias vezes e outras pessoas poucas vezes", completou. "O sr. Augusto é um mentiroso", reafirmou Renato Duque. "Ele cita 'Tigrão' em sua delação. Como alguém pode entregar uma fortuna para uma pessoa de nome 'Tigrão'?", questionou Duque.

O ex-diretor da Petrobras desafiou. "Gostaria de ver o retrato falado desse 'Tigrão', não é possível que alguém que receba tanto dinheiro e não exista fisicamente. Uma pessoa peculiar, que varia um metro e 70 a um metro e 80, meio gordinho. Pode ser qualquer um dessa sala", disse. Durante a acareação, Duque também disse que a cadeia "faz mal para a alma". A afirmação foi feita após um parlamentar observar que ele aparentava estar em bom estado físico. "Deputado, a cadeia não faz mal para o corpo, faz mal para a alma", respondeu o ex-diretor. (Agência Estado)

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