A Redação
Goiânia - O pecuarista José Carlos Bumlai foi preso preventivamente, na manhã desta terça-feira (24/11), pela Polícia Federal em um hotel de Brasília. O empresário, que é amigo de Lula, será levado para a Superintendência da PF, com sede em Curitiba.
A prisão faz parte da 21ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Passe Livre. As investigações desta etapa, segundo a PF, partem de apuração das circunstâncias de contratação de navio sonda pela Petrobras com 'concretos indícios de fraude no procedimento licitatório'. Segundo a PF, foram expedidos 25 mandados judiciais e 25 de busca e apreensão. Também há seis de condução coercitiva.
"Segundo apurações, complexas medidas de engenharia financeira foram utilizadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dos valores indevidos pagos a agentes públicos e diretores da estatal", informou a PF em nota.
Bumlai seria ouvido ainda hoje na CPI do BNDES, que investiga operações envolvendo o banco. A defesa do pecuarista disse que desconhece a sua prisão. O criminalista Arnaldo Malheiros Filho, advogado do amigo de Lula, disse que Bumlai está em Brasília para depor na CPI. Malheiros disse que não foi informado sobre os motivos da prisão.
O delator Fernando Soares, o Baiano, disse há algumas semanas em depoimento ao Ministério Público Federal que teria repassado R$ 2 milhões a Bumlai. O valor se refere a uma comissão que o pecuarista teria direito por supostamente pedir que Lula intermediasse uma negociação para contrato. (Com Agência Estado)