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Protesto

Goiânia: grupo pede liberação da fosfoetanolamina na luta contra o câncer

Manifestação reuniu mais de cem pessoas | 29.11.15 - 14:48
A Redação

Goiânia - 
Manifestações foram realizadas em várias cidades brasileiras neste domingo (29/11) para liberação da fosfoetanolamina, substância desenvolvida de forma experimental para tratamento de pessoas diagnosticadas com câncer. O estudo é desenvolvido pelo Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), no campus de São Carlos, e se tornou polêmico, já que a Justiça proibiu a distribuição das cápsulas.
 
Ao todo, 40 cidades confirmaram manifestação neste domingo. Em Goiânia, mais de cem pessoas se reuniram na Praça do Bandeirante, no centro da cidade, onde foram colhidas assinaturas para liberação do medicamento. A relação de assinaturas será enviada ao Ministério da Saúde como forma de apelo.
 
A Justiça impediu a distribuição da fosfoetanolamina por se tratar de uma substância ainda em análise e com o argumento de que ainda não teriam sido realizados testes em humanos. Por esse motivo, os efeitos ainda são desconhecidos. 
 
Na capital goiana, Reginaldo Barbosa lidera o movimento que pede a liberação do remédio. Ele luta pelo direito de tentar a fosfoetanolamina como recurso para cura de vários tipos de câncer. Reginaldo é marido de Luciany Barbosa, que tem luta há mais de 1 ano contra o câncer e, após cirurgias, quimioterapias e radioterapias o tumor segue crescendo e chegou a um estágio em que já não se pode mais ser operado.
 
"Temos muitas informações positivas de pessoas que realmente conseguiram se curar. Enquanto as autoridades ficam discutindo se podem ou não fornecer por conta de testes e burocracias, queremos apenas ter o direito de apelar para esta última tentativa", afirma.
 
Cura
Professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP), Gilberto Orivaldo Chierice acredita que conseguiu desenvolver uma substância que pode curar o câncer. Ele coordenou por mais de 20 anos os estudos com a  fosfoetanolamina sintética, que imita uma substância presente no organismo e sinaliza células cancerosas para a remoção pelo sistema imunológico.
 
A droga era fornecida gratuitamente em São Carlos, mas uma portaria da universidade proibiu a distribuição até o registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pacientes que tinham conhecimento dos estudos entraram na Justiça para obter as cápsulas.
 
Em diversas entrevistas à imprensa, Chierice disse que a substância não chegou ao mercado por “má vontade” das autoridades. Ele disse que procurou a Anvisa quatro vezes e foi informado que faltavam dados clínicos. Ele disse que a produção é barata, cada cápsula tem custo de R$ 0,10.
 
Em meio à polêmica, o governo federal anunciou na segunda semana de novembro a destinação de R$ 10 milhões para agilizar a conclusão das pesquisas e testes com a fosfoetanolamina.
 

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