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Acusado de matar Polyanna conta detalhes do crime

Polícia também divulga áudios de Assad | 23.12.11 - 17:18 Acusado de matar Polyanna conta detalhes do crime Marcelo Barros Carvalho conta para a polícia detalhes do crime(Foto: reprodução)


Catherine Moraes

A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira (23/12) imagens do depoimento de Marcelo Barros Carvalho, no momento em que ele fornece detalhes sobre a noite em que culminou com a morte da publicitária Polyanna Arruda. As imagens foram gravadas dia 14 de dezembro de 2010,  quando Marcelo confessou participação no latrocínio e contou como tudo aconteceu. Algemado e tranquilo, ele conta como o crime foi planejado, fala das drogas usadas pelos criminosos e detalha o estupro da jovem publicitária.

Ele estava em liberdade e foi detido novamente na última quarta-feira (21/12) juntamente com Assad Haidar de Castro, 23 anos, Leandro Garcez Cascalho, 34 anos, e Diango Gomes Ferreira, 35. Juntos, eles teriam roubado, estuprado e matado a publicitária Polyanna Arruda no dia 23 de outubro de 2009, em Goiânia.

Assista a trechos do depoimento:

O crime
Questionado sobre o possível pagamento de alguém para matar a jovem publicitária, Marcelo responde que não sabe responder a essa pergunta. “Isso aí eu não sei. Como eu disse antes, ele falou que ia precisar dos dois carros, dois Prismas pretos. Pra mim, ele foi atrás do carro, e depois cometeu isso”, completa.

O delegado pergunta ainda se Marcelo estava “noiado”. Ele responde que os outros dois – referindo-se a Assad e Lavoinierre, que estupraram a publicitária – haviam usado cocaína, que ele chama apenas de pó. O consumo da droga teria acontecido antes de eles roubarem o carro da jovem.
O suspeito conta que esse não foi o primeiro roubo que ele fez em parceria com Assad, mas o segundo. O primeiro teria sido de um Fiesta prata roubado no Jardim Vera Cruz, na saída para Trindade.

Marcelo conta ainda que eles seguraram o pescoço da jovem e as mãos para tirar a roupa de Polyanna e  impedir que ela reagisse ao estupro. Ele afirma, entretanto, que ele e os criminosos não deram socos na jovem publicitária. “Não demoramos pra fazer isso não, foi de 20 minutos, a meia hora.”

Caso resolvido
A polícia divulgou ainda nove áudios que seriam de Assad Haidar de Castro, de 23 anos, um dos acusados de participar do crime. Entre os assuntos tratados, compra e venda de armas, ameaças à polícia, amigos sugerindo que ele não usasse o telefone e informando sobre a resolução caso.
Em um dos áudios, um amigo chamado Wilson alerta sobre a resolução do caso que teria sido anunciada em um programa de TV. Preocupado, Assad pergunta a Wilson o que fazer e o amigo, que seria traficante, pede que ele mantenha a calma.

–  O delegado falou ao vivo?

–  Falou, o apresentador falando, manda um abraço pra fulana, pra mãe de fulana lá que o caso foi desvendado. Encerrou o caso. Foi um tal de doutor Odair

– Odair? Até hoje ele tá lá nisso? Ele tá desde o começo. É ele que quer me incrimar.

– É ele e um tal de doutor Kleber

Encomenda de armas
Em um dos áudios, Assad fala de armas e explica como atirar. “Cada pistola tem um tranco. Ela joga pra um lado, para o outro, pra cima, pra baixo. Se você achar o tranco dela, você acerta tudo no ponto. Você mira, você treina primeiro tiro a tiro, o cara te ensina. Depois é de rajada, é muito louco. Moço, eu não queria nem ir embora (diz, referindo-se à Ponta Porã (MS), onde foi detido.”

Assad diz que vai arrumar as armas para uma segunda pessoa que conversa com ele ao telefone. Ele cita o nome de um amigo, identificado apenas como Wilson que seria responsável por entregar as armas. “Eu vou olhar descobrir quando ele vai de novo aí eu deixo no jeito. Vou deixar no jeito, não mão do pai dele, que é o pai dele que encaminha. Aí ele manda pra você junto com os negócios.”

Em outra conversa, Assad diz que está com uma nova Pistola 9 Wallpapers, que ele intitula como “pobrema”. “Aqui só tem só tem os armamentos loucos Essa bicha é o veneno”, finaliza. Ele diz ainda que em Ponta Porã, onde ele estava, crime opera e que ele ganha dinheiro apenas usando o telefone. “Aqui tem só coisa boa e barata, um fuzil, por exemplo é $ 5 mil”, diz.

Ameaça à polícia
Um amigo de Assad pede que ele pare de usar o telefone, mas ele diz que não se importa se as conversas estiverem sendo gravadas. “Deixa eu falar um coisa pra você, eu quero é que eles esteja escutando. Se ele vierem aqui, vão ser recebidos à bala de fuzil, de metralhadora, do caralho a quatro. Eles estão fudidos. Daqui, eu só saio morto, vivo eu não saio. Esses filhos da puta.”

 Em outra gravação ele conta que mandou advogados para a Capital,  para resolver sua “situação". O amigo de Assad diz para ele não sair do Brasil e tamém o aconselha a não usar telefones. Preocupado, ele pergunta se será preso caso fuja para o Paraguai. “Eles vão em qualquer lugar”, afirma.

 

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Comentários

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  • 26.12.2011 12:05 LINDALVA

    parabéns a todos os policias que fazem o seu trabalho por amor a sua profissão parabéns pelo excelente trabalho ,espero que estes verdadeiros policias tenha o seu valor reconhecido. É Triste para sua família.obrigado a policia de GOIAS.

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