José Cácio Júnior
Em conversa que durou 1h30, o governador Marconi Perillo (PSDB) e os governadores de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal se reuniram com a presidente Dilma Rousseff (PT) na manhã desta quarta-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília. Um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a região do Entorno, reforma tributária, incentivos fiscais, criação de um fundo de combate às disparidades regionais e as dívidas do Centro-Oeste junto à União estiveram na pauta da audiência.
Entre os temas tratados, Marconi pediu que Dilma garantisse a segurança jurídica para que, pelo menos os incentivos que já foram concedidos aos estados, permaneçam. A presidente concordou e discutirá o tema. Os governadores também pediram a revisão dos indexadores da dívida externa dos Estados para preços praticados pelo mercado. Marconi sugeriu a Dilma que congelasse o pagamento da dívida por dois anos, para que sejam realizados investimentos em infraestrutura, saúde, segurança pública. Os governadores ainda pediram a reabertura de linhas de créditos do BNDES para a conclusão de obras inacabadas.
PAC do Entorno
Uma das regiões mais perigosas do Brasil, com índices que se comparam à Baixada Fluminense no Rio de Janeiro, Marconi e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, sugeriram a Dilma que fosse criado o PAC do Entorno do Distrito Federal. A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann e a ministra de Planejamento, Miriam Belchior, estudarão a proposta com os governadores da região. "O grande anúncio da presidente foi o de priorizar a região do Entorno, que deve ser um assunto de interesse nacional, já que a própria presidente, os ministros, embaixadores e parlamentares vivem na região", completou Marconi.
Celg
O tucano ainda tratou com Dilma sobre a atual situação da Celg e pediu que a presidente desse um sinal para que a Eletrobrás anuncie a concretização do acordo para quitar as dívidas da estatal. Marconi não quis comentar as declarações do ex-presidente Lula que, em jantar na casa do prefeito Paulo Garcia (PT) na quarta-feira (13/7), voltou a culpar o tucano pela não concretização do acordo no ano passado. O Governador declarou que não entraránesta discussão. "O Estado recebe o ex-presidente Lula de portas abertas e espero que ele ajude Goiás. Não quero polemizar com ninguém. Lula já ajudou muito Goiás e espero que continue ajudando," finalizou Marconi.