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Bia Tahan
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Jornalista / bia@palavracom.com

Metrópole

Às grávidas, todo meu respeito

Afinal, são nove meses de espera | 16.07.11 - 19:51

Devo dizer que tenho muita admiração pelas grávidas. Primeiro caindo no lugar comum porque é uma pessoa que está gerando uma vida e em breve entrará no mundo maravilhoso da maternidade. Mas admiro muito as grávidas porque, para mim, não tem estado mais chato do que o de estar esperando. E uma grávida sabe muito bem o que é isso, porque afinal são nove meses (mentira, são dez!) de espera para o que seguramente será o momento mais importante da vida.

São nove (ou dez) intermináveis meses de obsessão e conversas monotemáticas em que os assuntos giram em torno de: qual será o tema do quartinho, o nome do bebê, se já está na hora da ultra, do quanto você enjoou até o primeiro trimestre, de quanto você está enjoada (no meu caso, enjoada igual a chata), se  a barriga vai crescer muito , quantos quilos já engordou ou pretende engordar, se vai ter leite, se vai dar mamar, se o parto vai ser cesárea ou normal.

Enfim, todos esses assuntos super divertidos que toda grávida ama falar. Eu inclusive digo que os momentos mais felizes da minha gravidez eram quando eu encontrava outra grávida. Era praticamente como ter 12 anos e estar em um parque de diversão. Porque aí, além de falar sobre todos esses assuntos incríveis, tinha outra pessoa interessadíssima no tema.

Para dar mais pano para manga, ainda tem aquelas coisas super chatas da gravidez, mesmo quando você tem uma super tranqüila, como eu tive. Levantar tipo 20 vezes para ir ao banheiro à noite, ficar irritada com seu marido por qualquer motivo, chorar sem  razão, comer sem parar e ainda ter que ler na revista de celebridades que fulana engordou só seis quilos e se alimenta exclusivamente de frutas, pães integrais, carnes magras e salada, que aboliu doces, refrigerantes e frituras da sua dieta “pensando no bebê”.

Por outro lado, é ótimo quando você vê uma global na revista com o mesmo tempo de gravidez que você e ela está uma vaca. Sim, é bom. Quase tão bom quanto encontrar outra grávida para tagarelar sobre vocês sabem o quê.

Devo confessar que meus gostos na gravidez mudaram muito. Primeiro porque eu parei de freqüentar locais que eu adoro e ia com freqüência, tipo encher a cara em um bar. Para substituir esse vazio (sim, vazio) comecei a gostar de passear nos shoppings e ver vitrines. Virei praticamente uma mulherzinha . Uma mulherzinha grávida.

E grávidas atraem atenção e respeito, não é mesmo? Tem sempre alguém querendo dar um palpite, fazer um afago no barrigão, dizer o quão especial é esse momento. E eu enlouquecida para que esses nove (ou dez) intermináveis meses passassem logo para conhecer a minha filhota.

Demorou. Foram nove (dez) longo meses. De muito shopping, mal-humor, xixi, insônia, quilos a mais, azia, intestino preso. Mas chegou o momento. Me lembro que na noite anterior ao nascimento da Maria chorei só de imaginar como seria vê-la pela primeira vez.  Mas quando ela veio para os meus braços, não chorei não. Sorri de felicidade.


Comentários

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  • 31.07.2011 00:16 Aline Leonardo

    Minha obstetra costumava me dizer que a gente fica grávida por oito meses e um ano. Rs Mas, a espera vale a pena.

  • 28.07.2011 22:59 Mariana

    Bia, genial seu post... Eu ainda nao tive esse prazer incrivel de ser mae, mas pude aqui sentir que nem tudo sao flores e nem pedras...de forma genial. Amei.

  • 19.07.2011 12:00

  • 18.07.2011 15:30 Ciça Carvello

    Também acho que foi uma louca a primeira a dizer que gravidez é o máximo e mais loucas ainda as que concordaram com ela! Filhos são o máximo, mas gravidez é uó!

  • 18.07.2011 12:59 Thais Fleury Scheideman

    Ai, Bia! Voce me emociona! Lindo. Lindas!

  • 17.07.2011 12:47 Cássia http://mamaeetiadica.wordpress.com/

    Grávidas merecem todo o respeito mesmo e até reverência. Por falar nisso, as pessoas deviam consultar as grávidas antes de tocar a sua barriga. Eu achava absolutamente desagradável quando desconhecidos, vizinhos indiferentes, colegas de trabalho antipáticos, colocavam a mão na minha barriga. Achava uma verdadeira invasão. Já vi até uma camiseta com um sinal de "por favor, não toque". Numa próxima gestação, eu usaria.

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