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Precisamos refletir sobre esse lance do emprego

Precisamos refletir sobre o lance do emprego | 20.07.11 - 12:10

É notícia hoje em todos jornais o aumento do percentual de pessoas empregadas no Brasil. Somos 53,3% da população trabalhando. Esse patamar corresponde à menor taxa de desocupação já registrada na história desde que a pesquisa começou ser feita, no ano de 2002. Para mais informações, a matéria completa está aqui no A Redação.

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas realmente... Bom, sem querer ser chato ou estraga prazeres, mas já sendo, o fato é que precisamos pensar um pouquinho sobre isso antes de soltarmos foguetes agradecendo aos céus pela melhora. É uma melhora? Sim, inegável! É para comemoração? Ainda não. Para falar a verdade, longe disso. O número seco não esconde um dado importante que é a qualidade do emprego gerado e o grau de permanência do trabalhador no ofício. Pode até parecer que não, mas isso diz muita coisa.

É fato inconteste que é melhor o cara estar trabalhando do que não estar. O problema é que precisamos avançar na análise qualitativa em relação ao local de trabalho do indivíduo. Toda vez que abre um grande supermercado ou uma grande montadora de veículos, normalmente recebendo gordos subsídios tributários, destacam o número de empregos gerados. Esse número é falacioso, pois não entra no mérito da renda de cada emprego e da qualidade desse serviço para o empregado. Grande parte das ocupações tem salários baixíssimos e, por isso mesmo, são de altíssima rotatividade. O trabalhador simplesmente não aguenta ficar tanto tempo em um serviço com uma cobrança por resultados descomunal, carga horária pesada e salários tão ridículos. É uma máquina de moer carne de gente.

Além disso, se formos pensar no lance da alta rotatividade, é muito ruim para o Estado e para o cidadão esse fato. Para o trabalhador, ficar interrompendo sua contribuição para a Previdência e viver na incerteza do dia seguinte não é muito legal. Para o Estado, a mesma interrupção na contribuição e o pagamento do salário desemprego a cada mudança custa caro para o sistema previdenciário. Ou seja, todo mundo sai no prejuízo.

O Brasil precisa avançar no número de empregos onde o cérebro seja mais importante que as mãos. A geração de conhecimento e tecnologia garante um trabalho mais digno para o cidadão, maior rendimento mensal e desenvolvimento estratégico para o País. Agregar conhecimento por aqui, sem precisar importar cérebros para dar conta da demanda ou exportar por que aqui no Brasil o cara não consegue ser valorizado como será no exterior, é nosso desafio maior.

 


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