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Sem anestesia ou sedação

Estimulação Magnética Transcraniana chega como tratamento para depressão

Outras doenças podem ser tratadas com EMT | 07.08.14 - 10:53 Estimulação Magnética Transcraniana chega como tratamento para depressão EMT é novidade no tratamento de depressão e outras doenças (Foto: divulgação)
A Redação
 
Goiânia
- A Estimulação Magnética Transcraniana é uma terapia com base na medição das áreas do cérebro diretamente ligadas aos distúrbios que serão tratados e nas emissões de correntes eletromagnéticas no local, sem uso de anestesia ou sedação. O Conselho Federal de Medicina aprovou seu uso para tratamentos contra depressão e alucinações auditivas residuais porém existem pesquisas em andamento, com excelentes resultados, em patologias como  Mal de Parkinson, dor crônica, transtorno obsessivo compulsivo, tinidos, transtorno bipolar, discinesias, compulsões (jogo, sexo, drogas, compras, autoflagelo), reabilitação após lesões do sistema nervoso central e Síndrome de Tourette.
 
O sucesso do tratamento está na qualificação do profissional que vai determinar o número de sessões e a carga de estímulos. É ele quem define as áreas do cérebro que vão receber os estímulos eletromagnéticos e em que grau.
De forma rápida, o paciente (sem sedação ou outro tipo de anestesia) tem o cérebro medido e determina-se, nesta medição, os lugares onde ele vai receber os pulsos magnéticos. Uma bobina (um aparelho em forma de borboleta) é posicionada nesta região e ele recebe os pulsos. É como se estivessem tocando a sua cabeça de forma firme. Não tem dor, desconforto ou efeito colateral. O protocolo paradepressão (tratamento aprovado no Brasil pelo CFM) é de 4 a 6 semanas com cinco sessões por semana, com duração de até 35 minutos. Os pacientes permanecem acordados, reclinados numa cadeira relaxante e podem interagir com o médico, caso necessário. Logo após a sessão não existe nenhum tipo de alteração do estado de consciência e o paciente retorna às suas atividades normalmente.
 
Mas o interessante são os resultados: pacientes que são refratários ao uso de anti-depressivos (não toleram os efeitos colaterais) já começam a sentir resultados leves nas primeiras cinco sessões. Ou seja, diminui o cansaço, a sensação de desânimo etc. Este tratamento é altamente indicado para mulheres grávidas, idosos e pessoas que não respondem ao tratamento convencional com drogas. E, dentre os que usam o medicamento, existe a potencialização dos resultados. Além da máquina, a terapia exige um profissional altamente qualificado para organizar o programa e saber exatamente em quais áreas do cérebro deve trabalhar
 
 
No Rio de Janeiro, o Neurohealth é o único Centro de Métodos Biológicos em Psiquiatria a ter esta máquina. Com direção dos psiquiatras Julieta Guevara e Jiosef Fainberg, o Centro é pioneiro no uso do tratamento contra depressão e referência na técnica de EMT. Em São Paulo, desde de 2001 o Hospital das Clínicas já faz uso do aparelho para fins de estudos.
 
A população feminina é mais suscetível à doença e a idade em que esta se manifesta é acima dos 30 anos (média). Já idosos com mais de 65 anos, quando deprimidos, estão mais sujeitos ao suicídio. Outro fato curioso é que dependentes químicos, de álcool ou fumantes são potenciais pessoas com depressão que usam o vício para mascarar a doença (alguns  estudos comprovam que estes vícios foram adquiridos depois da manifestação da doença). Num estudo realizado na última década, na Europa e Estados Unidos, mostrou que 50% dos pacientes viciados em cocaína adquiriram o hábito para diminuir as dores da depressão ao passo que 20% dos viciados em álcool tiveram a mesma resposta. A depressão significa a ausência de algumas substâncias químicas no cérebro e, em alguns casos, a droga é o gatilho que ativa a liberação desta/destas substâncias. Outros estudos de cunho social mostram que mulheres em áreas de vulnerabilidade social ou familiar estão mais propensas a desenvolver depressão como em casos de maridos viciados etc. (casos de países como o Brasil onde até a instabilidade social pode afetar a saúde mental das pessoas).
 
Outro dado importante é que, em países como o nosso, a depressão é mal diagnosticada, o acesso aos tratamentos de saúde mental é difícil, muitas vezes o paciente tem depressão crônica e passa uma vida achando que é normal sentir-se assim. A OMS estima que cerca de mais de 120 milhões de pessoas tenham depressão ou vão ter em algum momento da vida. E enquanto outras áreas da medicina caminham para a cura das mais diversas doenças, a saúde mental ainda sofre estigma e é um assunto tabu.
 
O assunto é extremamente interessante se considerarmos os resultados clínicos obtidos em pacientes com depressão e os números da doença no Brasil e no mundo. Estima-se que, em 2030, a depressão será a principal causa de invalidez.
 
 
 

Comentários

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  • 12.02.2017 16:43 Luís Otávio Fernandes Waltrick

    Dr. Hélio Fernandes da Silva é pioneiro aqui em Goiânia, com ótimos resultados. Recomendo. Telefone 3877 5338

  • 24.07.2015 18:44 Néry Nascimento

    Boa noite, vocês sabem onde encontrar este tratamento em Goiânia? Obrigada.

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