Mônica Parreira
Goiânia - A Prefeitura de Goiânia apresentou nesta quarta-feira (5/11) uma campanha que vai atuar no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor tanto da febre chikungunya como da dengue. A ação vai reunir todas as secretarias municipais por meio de um grupo gestor, criado pelo prefeito Paulo Garcia.
Atualmente, há três pessoas na capital com a doença. Dois dos pacientes que teriam contraído a febre durante viagem para a República Dominicana, enquanto o terceiro caso ainda é investigado.
A intenção é conscientizar a população para reduzir os efeitos caso a epidemia chegue em Goiânia. De acordo com o vice-prefeito Agenor Mariano, a força-tarefa quer evitar os números alarmantes projetados para daqui três ou quatro meses. "Se a febre chikungunya chegar a Goiânia e não estivermos preparados, ela pode afetar até 40% da população", disse.
O secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, explicou que a prioridade das ações é eliminar ao máximo o número de criadouros, uma vez que reflete diretamente na reprodução da doença. "Queremos colher resultados positivos já no final de dezembro", pontua.
Sintomas e prevenção
Relatório do Ministério da Saúde divulgado no fim de outubro indica que o Brasil já registrou 789 casos de chikungunya. Os Estados mais afetados são Bahia, Amapá e Minas Gerais mas, segundo Fernando Machado, a tendência é que a epidemia se alastre.
Fernando Machado explica etapas da força-tarefa (Foto: Mônica Parreira/A Redação)
Além do transmissor ser o mesmo, os sintomas da febre são semelhantes aos da dengue: dores nas juntas e no corpo, mal-estar, manchas avermelhadas e cansaço. "A diferença é que a chikungunya causa uma dor incapacitante nas articulações e o tempo de recuperação pode chegar a 90 dias", alerta o secretário ao citar ainda que o risco de mortalidade é de 0,03%.
Ações
A partir de quinta-feira (6/11), a prefeitura vai iniciar os trabalhos. Além de comerciais em rádios e TVs, um material com informações sobre prevenção e sintomas serão estrategicamente distribuídos para a população. Cartilhas educativas também devem circular por escolas da capital.
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