A Redação
Goiânia - A última edição da revista Exame traz uma reportagem detalhada sobre o atendimento do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) após a transferência da gestão da unidade para o modelo de Organizações Sociais.
A reportagem, intitulada "Terapia Intensiva", afirma que as péssimas condições de infraestrutura, a falta de remédios, a ausência de critérios para a realização de cirurgias e o desperdício de recursos ficaram no passado quando, há três anos, o governador Marconi Perillo, após cogitar fechar a unidade em função da infinidade de problemas, resolveu transferir a gestão da unidade para organizações sociais.
"Esses problemas começaram a ser resolvidos quando o governo de Goiás repassou a gestão ao Gerir, após a realização de uma concorrência pública chamando interessados em administrar o hospital. A exigência era tirar a instituição do caos", afirma a reportagem.
"A gestão privada livrou o hospital das amarras da máquina pública", diz o texto da Exame. "No novo modelo, o orçamento só aumenta com o cumprimento de metas de produtividade e qualidade do serviço".
O texto também traz declarações do presidente do hospital paulista Albert Einstein – que recentemente esteve no Hugo – atestando a revolução no atendimento. "As práticas de gestão e assistência aos pacientes não devem nada às das melhores unidades de saúde privada do país", diz Lottenberg. O texto informa ainda que secretários e gestores da área da saúde de diversas partes do país passaram a vir a Goiás para conhecer o novo modelo de gestão que revolucionou o Hugo 1.
A Exame diz ainda que o novo modelo de gestão permitiu um corte de 30% nas despesas da unidade, que passou a operar com orçamento fixo, independentemente da quantidade de procedimentos realizados. Essa nova prática, relata a reportagem, mudou a cultura de atedimento do hospital, fazendo com que os médicos passassem a priorizar a vocação central do Hugo 1, que é se concentrar no tratamento dos grandes traumas, como vítimas de acidentes de trânsito.