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Contaminação

O HPV também afeta os homens

Uso de preservativo não protege completamente | 03.11.15 - 19:01
A Redação

Goiânia -
Muito se fala de como o papilomavírus humano, mais conhecido como HPV, afeta a saúde das mulheres. A verdade é que os homens têm o mesmo risco de contaminação pela doença sexualmente transmissível (DST) com maior incidência no mundo. O vírus afeta até 90% da população mundial pelo menos em algum momento na vida, e no homem pode levar a doenças que aparecem em forma de verrugas genitais, câncer de ânus, câncer de laringe e câncer de pênis.
 
De acordo com o infectologista Alberto Chebabo, integrante do corpo clínico do laboratório Atalaia, o papilomavírus humano se aloja nas mucosas, mas também na própria pele. “No caso do HPV a eficácia da camisinha é menor. Isso porque o próprio contato com a pele lesionada pode transmitir a doença, mesmo sem a penetração. Por isso indicamos a utilização do preservativo em todo o ato sexual, inclusive no sexo oral, e nas chamadas preliminares”, explicou.
 
Para o médico, a maior preocupação desta doença é a forma silenciosa que ela afeta as pessoas contaminadas. “A maioria das pessoas nunca apresentam nenhum sintoma, no caso dos homens, os sintomas são ainda mais raros. Quando acontecem, o paciente já está em um estágio muito avançado, como câncer por exemplo. Muitas vezes inclusive, o homem nem é afetado pela doença, mas vira transmissor dela”, indica o médico. 

Vacina interrompe cadeia de transmissão
Por isso, ainda mais para os homens, a vacina contra a doença tem benefício tanto para a própria saúde quanto para o bem-estar dos possíveis parceiros sexuais. “A vacinação do sexo masculino contra o HPV, além da prevenção das patologias comumente associadas à doença, é também justificável porque interromperia a cadeia de transmissão do vírus para as mulheres ou outros parceiros”, acredita o infectologista.
 
Chebabo explica que existem vacinas diferentes disponíveis no mercado, mas o ideal é a versão que previne contra os quatro principais tipos de HPV, 16 e 18, percursores de câncer e 6 e 11, causadoras de verruga. “Com a vacina o indivíduo cria anticorpos e proteção efetiva contra a doença. Porém, a recomendação é para a aplicação antes ou no início da atividade sexual”, esclareceu.
 
O público prioritário da rede pública são as mulheres, mas o médico infectologista indica que o público masculino procure assistência médica e mais informações sobre a vacina, antes mesmo de iniciar as relações sexuais. “A vacina foi liberada também para os homens. Em alguns países inclusive, os meninos também podem receber à vacina na rede pública”, concluiu.

 

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