A Redação
Goiânia - Provocada por um fungo chamado Candida albicans, a candidíase, mais comum entre as mulheres, é uma infecção que acomete a região genital e que tem maior incidência no verão devido às altas temperaturas. Alta taxa de umidade, higiene genital inadequada, estresse, exposição ao sol e até alimentação podem influenciar no surgimento da infecção.
“Uma das formas de contágio é através do contato sexual, mas isso não significa que é uma doença sexualmente transmissível, pois pode ocorrer em pessoas que nunca tiveram relações sexuais. Mesmo que o homem ou a mulher tenha uma relação com a camisinha, o pênis faz um microtrauma na parede da vagina, assim a mulher fica mais predisposta à doença”, explica a ginecologista e obstetra Erica Mantelli.
A candidíase também está associada ao sistema imunológico, além de ser comum ocorrer em mulheres grávidas ou pacientes com doenças que comprometem a imunidade. “As gestantes também podem sofrer com o problema, já que a imunidade tende ficar mais baixa nesse período e o Ph da vagina fica mais ácido favorecendo a proliferação do fungo”, revela a ginecologista. O tratamento em gestantes deve ser feito apenas no local, evitando o uso de medicamentos via oral.
Confira alguns sinais de alerta que podem indicar o problema tanto no homem como na mulher:
Nas mulheres:
- Coceira na vagina e no canal vaginal;
- Corrimento branco grumoso;
- Ardor local e para urinar;
- Dor durante as relações sexuais.
- Vermelhidão na vulva
Nos homens
- Pequenas manchas vermelhas no pênis;
- Edema leve;
- Lesões em forma de pontos;
- Prurido (coceira). Em casos mais graves distúrbios gastro-intestinais e outros problemas dermatológicos podem aparecer.
Tem cura?
De acordo com a ginecologista, quando diagnosticada há dois tratamentos possíveis, que podem, inclusive, ser combinados. Creme vaginal, assim como medicamente antifúngico via oral. Para homens infectados, o tratamento recomendado é apenas via oral. “Nos casos em que o casal apresenta uma candidíase recorrente, que vai e volta, é preciso que o homem e a mulher façam o tratamento”, esclarece Mantelli.
Algumas medidas também podem ser adotadas para amenizar o problema. “Manter a higiene íntima, não fazer o uso do protetor de calcinha diário (pois a região íntima fica abafada e há aumento da umidade local), optar por roupas frescas, principalmente na época mais quente do ano e cuidar da alimentação”, aconselha a médica.
Em situações de recorrência é preciso uma avaliação minuciosa da saúde da mulher, pois essa infecção oportunista deve estar ocorrendo devido a estresse, problemas emocionais e alterações da imunidade. Existem medicamentos e tratamentos específicos pra melhorar a imunidade e com isso evitar candidíase de repetição.