Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 12º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Luciana Padovez

Pesquisa pode reduzir o risco de falência

| 14.01.19 - 14:00
Você conhece pessoas que tiveram ideias aparentemente infalíveis de negócios, mas que não deram certo? Isso acontece porque o produto ou serviço não era o que (ou como) os clientes gostariam de comprar. Não entender os desejos do seu público é a segunda maior causa de mortes das empresas, segundo o Sebrae. 
 
Para evitar o prejuízo, antes de lançar seu negócio é necessário fazer uma pesquisa de viabilidade de mercado. Esse estudo é uma das etapas para o plano de negócios e reduz os riscos de falhas. Ele revela os detalhes do “problema” que a empresa propõe solucionar e se seu trabalho será aceito pelo público.
 
Uma falha comum quando essa pesquisa não é feita é o empreendedor enfrentar um contratempo e achar que todos passam pela mesma situação. Por exemplo: suponha que você tenha dificuldades para organizar os horários para buscar o filho na escola. É um problema real, mas será que todos os pais enfrentam a mesma dificuldade? A ideia que pode surgir disso é a criação de um aplicativo, um tipo de "Uber escolar". Poderia ser uma solução eficiente, mas ainda se deve confirmar se o app teria adesão.
 
Assim, dentro da pesquisa, há entrevistas com o possível cliente e análise de seu ambiente. A observação, deve ser feita com um olhar curioso e atento, sem julgamentos, buscando enxergar atitudes não percebidas anteriormente. É o momento de mergulhar no mundo do comprador.
 
Na prática, no exemplo do transporte de alunos, uma possibilidade seria ir à porta de escolas observar os pais buscando as crianças. Quais são suas expressões faciais? Eles demonstram pressa? Fazem gestos específicos? Trabalham no celular enquanto aguardam? Deve-se aproveitar a ocasião para conversar com os pais e entender qual é sua rotina: se sempre levam e buscam os filhos na escola; quais suas maiores preocupações com as crianças; onde moram; qual a receita média; e todo tipo de informação que você conseguir extrair.
 
Após confirmar ou modificar a ideia inicial, é a hora para testar o novo negócio. Deve ser algo bem simples, pois sua intenção é descobrir rapidamente se existe aceitação do público. Com uma cartolina, projete como seria o serviço. Também pode fazer um desenho do aplicativo, utilizando sites gratuitos com essa funcionalidade, além de um vídeo simples ou uma apresentação em Power Point simulando a venda do produto.
 
Apresente seu protótipo a seus futuros clientes na intenção de receber feedbacks e não de vender. Tente descobrir opiniões, se há disponibilidade para compra e quanto pagariam. Prefira conversar com pessoas que não sejam próximas a você e que mostrem pontos de vistas realmente sinceros.
 
Caso seu “molde” de negócio tenha tido uma boa aceitação, é hora de criar a primeira versão básica do seu produto ou serviço e colocá-lo para funcionar, fazendo os testes para identificar se realmente funciona. Se os feedbacks foram negativos, não se preocupe: incorpore as sugestões, gere outras ideias, elabore outras versões e saia em busca das opiniões dos clientes novamente.
 
O mais importante é ter clareza de que o processo de pesquisa é focado em testes e experimentação. Não é um problema errar nessa etapa. Aliás, é muito melhor errar agora, do que investir tempo e dinheiro em algo que ninguém quer comprar. Após entender a fundo o seu cliente e ouvir suas opiniões você estará muito mais preparado para lançar seu produto!
 


*Luciana Padovez é especialista em empreendedorismo e professora da Sempreende, escola de empreendedorismo de Goiânia.

Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:
Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351