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Na última visita ao escritor Luiz Augusto Paranhos Sampaio, em julho, notifiquei-o de que o livro que havia escrito sobre a minha cidade natal, Goianira, finalmente seria editado.
Nós nos aproximamos quando do lançamento do livro que escrevi sobre o ex-governador e empresário Otávio Lage, obra que leu e gostou, e me estimulou a escrever mais.
Ele conheceu o meu pai, José Rodrigues Naves Júnior, eram amigos, foram vereadores em Goiânia, em momentos diferentes, e sempre me falou da admiração que tinha por ele.
Quando falei da pesquisa que tinha feito sobre a vila de São Geraldo e que se tornou a cidade de Goianira, e apresentei o texto pronto, em 2018, ele se prontificou e me brindou com um belo prefácio.
No período, busquei apoio para editar a obra e não consegui sensibilizar o setor público e nem a iniciativa privada.
Esse é o grande gargalo enfrentado pelo escritor.
Capa do livro
O autor, ao produzir uma obra histórica, deve se dedicar à pesquisa, levantar dados, colher depoimentos, vasculhar documentação, encontrar uma direção para a sua obra e escrever. Se for um romance, a construção exige uma forma de reclusão, para se concentrar, definir um roteiro, um caminho e trabalhar sua narrativa. Depois, vem algumas providências, como contratar uma pessoa para digitar, diagramar, ler e corrigir, imprimir e vender o resultado, que demandam tempo e dinheiro.
Não é tarefa fácil, e nem para amadores; e muitos acabam ficando pelo caminho.
A obra resgata a história do povoado de São Geraldo, criado quando pertencia ao ainda município de Campinas, foi transformado em distrito em 1935 e logo depois incorporado à nova Capital, Goiânia.
É uma contribuição que quero oferecer à minha cidade natal.
Numa de minhas idas à cidade não encontrei muitas informações e por isso resolvi pesquisar, buscar documentos e procurar, nos órgãos públicos, pelos dados sobre o povoado e a cidade. Alguns ainda não encontrei, como o decreto de criação do distrito de São Geraldo, em 1935, como meu avô materno, Osório Carlos da Silva, tinha relatado numa matéria que escrevi sobre ele e que foi publicada pelo jornal “O Popular”. Ele tinha sido Secretário da Prefeitura de Campinas, no mandato do prefeito Licardino de Oliveira Ney, me falou e na época não pedi esse documento, que depois procurei e não achei até hoje.
A obra está pronta, reúne muitos documentos, depoimentos e histórias, e vamos definir logo a data de lançamento.
Na mesa, a ausência do padrinho do livro, o escritor Luiz Augusto Sampaio, que faleceu na noite de ontem e de quem me despedi na manhã de hoje no Cemitério Jardim das Palmeiras.
Jales Naves é escritor, filiado à Associação Goiana de Imprensa, ao Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, ao Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis para os Povos do Cerrado e à Academia de Letras e Artes de Caldas Novas