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Sobre o Colunista
José Abrão
José Abrão é jornalista e mestre em Performances Culturais pela Faculdade de Ciências Sociais da UFG / atendimento@aredacao.com.br
A Netflix guarda uma minissérie que é um verdadeiro tesouro e que passou batido para a maior parte das pessoas: Arquivo 81. Baseado em um podcast de mesmo nome, a série é um conto lovecraftiano moderno não apenas excelente, mas que segue a estrutura narrativa de uma aventura de RPG, especialmente uma elaborada pela editora Chaosium.
A trama acompanha um arquivista contratado para restaurar fitas de vídeo muito importantes que foram danificadas por fogo. Conforme ele recupera o material aos poucos, ele percebe que há um mistério perturbador envolvendo a autora dos vídeos.
A série entrega um terror psicológico bem feito e lento: os quatro primeiros episódios passam bem devagar, mas depois que a trama engrena - e que você já está totalmente enredado pelo mistério - é difícil não maratonar os episódios restantes.
A minissérie também rompe a crença de que é impossível fazer uma boa história cthuliana situada na contemporaneidade, tanto que muitas narrativas do tipo se atêm aos anos 1920 ou ao passado. Arquivo 81 prova o contrário, embora ainda use elementos retrôs e anacronismos para contar sua história.
Me parece estranho que uma produção tão interessante tenha passado tão fora do radar para todo mundo. Eu mesmo só fiquei sabendo por recomendações (e quem recomendou soube da mesma forma).
Enfim, se você gosta de um bom mistério, Arquivo 81 é imperdível.