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Sobre o Colunista
José Abrão
José Abrão é jornalista e mestre em Performances Culturais pela Faculdade de Ciências Sociais da UFG / atendimento@aredacao.com.br
(Foto: divulgação)Espantando rumores de que a banda estivesse na pior ou prestes a se aposentar, o Rammstein lançou na última sexta (29/4) seu sétimo álbum de estúdio, Zeit. Apesar dos quase 30 anos de carreira, este é um dos melhores, mais pesados e mais experimentais discos do grupo, perdendo, talvez, apenas para Rammstein, de 2019, que supostamente era pra ter sido um álbum de despedida.
Ao longo do mês de abril o grupo de metal industrial já lançou os videoclipes das três músicas de trabalho e que, como de costume, continuam sendo excelentes. O primeiro, Zeit, é o tematicamente mais sólido, associando elementos lovecraftianos à existência humana.
O segundo, menos sutil, e clipe “polêmico” da vez, é Zick Zack, uma crítica aberta ao exagero de procedimentos estéticos feitos por roqueiros envelhecidos e decadentes. Embora não haja referências diretas, é possível pensar em algumas estrelas que podem ser alvo da alfinetada.
E, por fim, Angst, talvez o mais relevante e complexo, relacionando diretamente fake news e redes sociais com fascismo, violência e paranoia. Também é possível sentir que os trabalhos da carreira solo de Till Lindemann, frontman da banda, influenciaram mais do que o normal essa nova obra, com um clima político e crítico mais pesado.
O título da coluna de hoje é exatamente para ressaltar como Rammstein, diferente de tantas outras bandas, especialmente no cenário do metal, se recusou a estagnar e a virar mais do mesmo, superando, e muito, a qualidade dos seus primeiros trabalhos com seus discos mais recentes.