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O mais antigo parque de Goiânia e suas belezas na região central da cidade

Bosque dos Buritis se destaca no Setor Oeste | 15.07.22 - 17:43
O mais antigo parque de Goiânia e suas belezas na região central da cidade Foto: Hely Junior/A Redação
Carolina Pessoni
 
Goiânia - Em meio ao trânsito movimentado, prédios públicos e residenciais, um refúgio de paz e muito verde na região central de Goiânia. Localizado no Setor Oeste, o Bosque dos Buritis é um patrimônio paisagístico da Capital. O bosque é o parque mais antigo da cidade. Foi proposto no planejamento original de Goiânia, de 1933, com uma área de 40 hectares. Atualmente o parque possui aproximadamente 141.500 m² de muita beleza.
 
Dados históricos mostram o que o arquiteto e urbanista Attilio Corrêa Lima citou na descrição do projeto do parque: "O Buritizal, localizado na extremidade da Rua 26, será transformado em um pequeno parque. Para isso será necessário drená-lo convenientemente, conduzindo as águas para o talvegue, em canal descoberto tirando partido deste para os efeitos de pequenos lagos decorativos. Este Parque dos Buritis se estenderá por faixas ao longo do talvegue e medirá 50 metros para cada lado deste, no mínimo."
 
 

(Foto: Hely Junior/A Redação)
 
A descaracterização da área iniciou-se desde a ocupação da cidade, no final da dácada de 30, e intensificada na década de 40, quando ocorreram os primeiros cortes com a doação de suas extremidades, feita pelo Governo do Estado aos colégios Atheneu Dom Bosco e Externato São José e da área destinada ao antigo prédio da Assembleia Legislativa.
 
Com a elaboração e implantação do projeto do Setor Oeste, e, posteriormente, do Setor Marista, a área do parque teve uma redução de 70%, chegando ao seu desenho atual. Foram retirados da área original vias, lotes residenciais e comerciais, além da área onde foram construídos o Fórum e o Tribunal de Justiça.
 
Atrações do Bosque
O Bosque dos Buritis conta com passeio pavimentado em todo o seu contorno, o que atrai os praticantes de caminhadas e corridas. Há também uma área de ginástica com equipamentos, parquinho infantil, quiosques de água de coco e sorvete, monjolo, cascatas e lanchonete.
 
No parque, está localizado o Centro Livre de Artes, que oferece aulas de artes, música e dança gratuitamente, e o Museu de Arte de Goiânia. No lago principal do bosque fica uma fonte que chega a atingir 50 metros de altura, que é a maior da América do Sul.
 
Chama atenção ainda o Monumento à Paz Mundial, uma obra de autoria do artista plástico Siron Franco, que celebra a possibilidade de união de todos os povos em torno de um projeto de paz. A obra, de 5 metros de altura, possui um compartimento com amostras de terras dos cinco continentes.
 

Monumento à Paz Mundial (Foto: Hely Junior/A Redação)
 
A paisagem do interior do Bosque dos Buritis é composta por grandes massas de árvores espalhadas por toda área com clareiras onde estão instalados os lagos e onde foram construídas as edificações. São três lagos artificiais interligados por um canal construído com pedras assentadas, que formam várias pequenas cachoeiras no interior do Bosque.
 
Cuidado
Da parte da gestão pública, o Bosque dos Buritis é administrado pela Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma). O superintendente de Gestão Ambiental da agência, Ormando Pires, explica que o trabalho no parque é diário, com manutenção e limpeza do local.
 
"Temos equipes no Bosque para dar a manutenção diária, com grupo fixo e supervisor. Temos uma gama muito grande de atrações no parque e precisamos revisitá-las diariamente", explica o superintendente. Recentemente foram feitas reformas nos banheiros, pinturas nas aparelhagens na área de lazer e reforma do deck do lago principal com substituição da madeira. 
 
Para Ormando, é difícil mensurar a importância do Bosque dos Buritis para Goiânia. "Pouquíssimas cidades no mundo têm o privilégio de ter uma mata tão densa e rica bem no centro. O Bosque está a cerca de 400 metros do marco zero de Goiânia, que é a Praça Cívica." 
 
 

(Foto: Hely Junior/A Redação)
 
Outra instituição preocupada com a preservação do parque é a Associação dos Protetores do Bosque dos Buritis (APBB). Criada em 1985 por Leonardo Rizzo e Bariani Ortêncio, a organização acompanha todas as intervenções públicas e particulares realizadas na área verde. 
 
A presidente da APBB, Maria Abadia Silva, explica que o objetivo da associação é lutar pelo cuidado do parque, que tem sua importância histórica. Entre as ações empreendidas, solicitações de reforço de segurança, reflorestamento e revitalização.
 
A mais recente solicitação da APBB atendida foi a cessão do antigo prédio da Assembleia Legislativa para transformação no chamado Palácio da Cultura. "A ideia é transferir o Museu de Arte de Goiânia (MAG) e o Centro Livre de Artes para o palácio e revitalizar o bosque. Nós lutamos pelo Bosque e esperamos que isso aconteça o mais breve possível."
 

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