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Sobre o Colunista
José Abrão
José Abrão é jornalista e mestre em Performances Culturais pela Faculdade de Ciências Sociais da UFG / atendimento@aredacao.com.br
(Foto: divulgação)Já faz um tempo que eu comentei por aqui como a onda dos boomer shooters, novos jogos de tiros que se inspiram na estética e na jogabilidade de games dos anos 1990 estilo DOOM e Quake, foram uma lufada de ar fresco em um gênero que estava completamente estagnado desde a “geração marrom” encabeçada por Call of Duty 4: Modern Warfare.
Volto agora para informar que um lançamento conseguiu atingir o ápice de qualidade boomer shooter reunindo a fidelidade estética do subgênero com o tom comicamente sombrio e a violência gráfica de Warhammer 40,000. Se você não conhece Warhammer, não vou poder explanar aqui, basta saber que é bastante hiperbólico, um tom que casou perfeitamente com a proposta geral dos boomer shooters.
O jogo em questão é Warhammer 40,000: Boltgun, lançado para quase todas as plataformas imagináveis. O game incorpora perfeitamente os gráficos pixelizados com armas enormes, ondas intermináveis de inimigos e uma velocidade frenética. Mas não frenético nem difícil o suficiente para que seu público-alvo – trintões e quarentões que jogavam Quake 3 em um Pentium II na sala de casa – combalidos pelo passar dos anos, não possam aproveitar o game em sua integridade.
Para a surpresa de muitos, o jogo tem até trama: ele acompanha o Malum Caedo, um space marine dos Ultramarines, enviado a um planeta dominado pelas forças do Caos. Sua missão: exterminar os hereges; sua ferramenta: a titular boltgun. O resultado: 10 horas de diversão desenfreada.
Enfim, Boltgun é um jogo excelente que incorpora todas as melhores qualidades dos boomer shooters e que se integra perfeitamente com a estética e temática de Warhammer 40k. Se você infelizmente não conhece o cenário e não sabe do que estou falando ao mencionar expurgos, hereges e xenos malditos, provavelmente o game não vai ser tão divertido assim, mas diria que ainda vale a tentativa.
Além disso, em uma atualidade em que lançamentos estão chegando a estratosféricos R$ 400, como Diablo 4, um novo título por módicos R$ 70 indubitavelmente vale a pena.