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Sobre o Colunista
José Abrão
José Abrão é jornalista e mestre em Performances Culturais pela Faculdade de Ciências Sociais da UFG / atendimento@aredacao.com.br
X-Men (Imagem: divulgação)Eu estava empolgado com X-Men ’97 desde o seu anúncio: uma animação no estilo noventista dando sequência aos personagens e eventos que popularizaram os heróis mutantes ao redor do mundo refrescantemente livre (por enquanto) das amarras do cada vez maior, mais complicado e mais chato Universo Cinematográfico Marvel. O que não amar?
Só havia o risco de ser um desfile interminável de fanservice: sabe como é, muito estilo e muito pouca substância, apelando para a nostalgia efervescente dos fãs que eram crianças quando o desenho original estava no ar. Felizmente, este não é o caso. Após ao menos dois episódios introdutórios feitos um pouco nesse estilo, mais para reaclimatar a audiência, o seriado pisa no acelerador. E não tira o pé mais.
Assim como nos anos 1990, coube aos alunos de Charles Xavier servirem como metáforas vivas de diversas ansiedades, medos e questões contemporâneas para que o desenho animado possa abordar, de forma muito interessante, assuntos muito sérios. Chama ainda mais atenção ver tais pontos abordados em um ano de eleição presidencial nos EUA.
Ao mesmo tempo, por mais que seja pertinente, a trama não se afasta dos quadrinhos que a inspiraram, inclusive da fase em que foi baseada, levando para a tela um pouco de alguns dos arcos mais marcantes dos mutantes nos anos 1990 e deixando um gancho ainda mais promissor para a segunda temporada.
Sem dúvida, após uma sequência enorme de filmes e séries sem graça, a Marvel finalmente voltou a acertar em cheio com uma animação que custa apenas uma fração do valor de todas as suas outras produções e que ainda assim consegue ser certeira em seu tema, tom, roteiro e personagens. Tudo isso acompanhado por aquela trilha sonora clássica maravilhosa: é simplesmente imperdível.