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José Abrão
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José Abrão é jornalista e mestre em Performances Culturais pela Faculdade de Ciências Sociais da UFG / atendimento@aredacao.com.br

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‘The Last of Us’ entrega segunda temporada imperdível

| 26.05.25 - 09:14 ‘The Last of Us’ entrega segunda temporada imperdível Isabela Merced e Bella Ramsey em 'The Last of Us'
Quando The Last of Us Part 2 foi lançado originalmente para PS4 em junho de 2020, no meio da pandemia, o jogo se tornou extremamente divisivo imediatamente, mas algo permaneceu consolidado: era o melhor jogo do ano e uma das mais perturbadoras e envolventes histórias de vingança já feitas. Cinco anos depois, em outra mídia inteiramente, Craig Mazin e Neil Druckmann conseguem entregar uma adaptação à altura na segunda temporada de The Last of Us, na HBO, em concisos sete episódios, já estabelecendo as raízes das prováveis próximas duas temporadas.

Para os não iniciados, a trama retorna para os EUA devastados após um apocalipse zumbi causado por fungos. Nesta temporada, os infectados ficam ainda mais em segundo plano do que na anterior, com a história focada em Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey) lidando com as consequências do final da primeira temporada, cinco anos depois.

Tais consequências lançam Ellie em uma vingança contra Abby (Kaitlyn Dever), que rapidamente desanda em uma espiral de violência, luto e sofrimento cada vez mais profunda e sombria. O elenco ainda conta com outros reforços de peso, em particular Isabela Merced como a amiga de Ellie, Dina, superior à sua versão digital, e Jeffrey Wright como o líder dos Lobos, Isaac, de alguma forma crescendo sobre o papel que ele mesmo viveu no videogame. 
  
Esta temporada é particularmente um deleite para quem não jogou os jogos, sem saber o que vai acontecer a cada cena, mas Mazin e Druckmann fazem um trabalho tão bom como produtores que os episódios são emocionantes e envolventes como se fossem inéditos. As atuações se destacam, em particular a de Pedro Pascal como Joel, dominando o sexto episódio, um flashback emocionante sobre as motivações do personagem.
 
Talvez o único defeito seja que, apesar do roteiro bem amarrado, pesa a quantidade de exposição necessária para compensar o lado de imersão e interatividade do videogame: enquanto no videogame o jogador tem 20 horas para se envolver e se aclimatar com os personagens, suas motivações e nuances (e sofrer mais dolorosamente quando tudo dá errado), tudo isso precisa ser acelerado no formato audiovisual.
 
O finale que foi ao ar neste domingo (25) pode também parecer insatisfatório para os não jogadores: após quase uma hora de build up, ele acaba de repente em um cliffhanger, fazendo a aguardada mudança de perspectiva para a vilã e agora protagonista Abby. O balde de água fria fica mais intenso ao se considerar que este é o ponto em que vamos ficar por pelo menos mais dois anos antes da história continuar, e até mais do que isso, já que a terceira temporada provavelmente será toda focada em Abby, mantendo o gancho no final para a quarta temporada.


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