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Othaniel Alcântara
Othaniel Alcântara

Othaniel Alcântara é professor de Música da Universidade Federal de Goiás (UFG) e pesquisador integrado ao CESEM (Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical), vinculado à Universidade Nova de Lisboa. othaniel.alcantara@gmail.com / othaniel.alcantara@gmail.com

Othaniel Alcântara

Mozart e Salieri eram inimigos?

Mozart e Salieri eram inimigos? | 11.12.14 - 18:32
Othaniel Alcântara
 
Viena, julho de 1791. Um mensageiro mascarado bate à porta da residência de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). De forma bem enigmática, encomenda-lhe uma missa fúnebre, adiantando-lhe 100 ducados. O ar de mistério associado a uma fase de grande instabilidade emocional acaba estimulando ainda mais a imaginação do compositor. Seria um mensageiro da morte? Protelou o início e interrompeu várias vezes esse trabalho. Algum tempo depois, acreditando ter sido envenenado, diz à esposa Constanze Weber (1762-1842), que estaria escrevendo o Requiem para o seu próprio funeral. 

 
Filme Amadeus (1984)

 
Esses são alguns dos mitos relacionados ao homem Wolfgang, publicados em 1797, pelo biógrafo tcheco Franz Xaver Niemetschek (1766-1849), a partir de depoimentos da própria viúva do compositor. Mas, tais relatos são confiáveis? Sabemos que há, incluído neles, algumas motivações. É quase certo que esta biografia, que exclui alguns “excessos” de Mozart, emergiu, principalmente, de uma necessidade comercial. Ora, Constanze, sem recursos financeiros e diante de um cenário desfavorável de fofocas já instituídas, precisava consolidar a respeitabilidade do marido, com vistas a negociar suas partituras e até mesmo a biografia com editores da época.
 
A hipótese de envenenamento como a causa da morte de Mozart, atualmente descartada pelos pesquisadores, chegou a ser ventilada por algum tempo. Houve até especulações sobre possíveis suspeitos e motivos logo após seu funeral, em dezembro. O primeiro deles, um marido enciumado que, convencido da sua traição, atacou a esposa, ex-aluna de Mozart, suicidando-se em seguida. Surgiu também uma teoria conspiratória relacionada ao descontentamento da maçonaria, da qual o compositor era membro desde 1784, pela ópera cômica A Flauta Mágica, estreada em setembro e considerada uma profanação dos segredos da confraria.
 
Todavia, a estória mais famosa surgiu, após um boato que se espalhou pela Europa nos anos 1820, envolvendo o nome de Antônio Salieri (1750-1825). É possível que tenha havido intrigas entre os dois compositores. Entretanto, não existem provas. E, quais seriam os motivos para a suposta inveja do italiano?
 
Filme Amadeus (1984)
 
 
Não subestimemos Salieri. Foi um dos mais influentes músicos de Viena e um dos maiores compositores da Itália.  Teve pupilos como Franz Liszt (1810-1886), Franz Schubert (1797-1828), Ludwig Van Beethoven (1770-1827) e, pasmem, também foi professor de Franz Xaver Wolfgang Mozart (1791-1844), filho mais velho do “rival” austríaco. Salieri, à época, era compositor oficial da corte do Imperador José II da Áustria, possuía status e recebia uma boa remuneração. Mozart, ao contrário, lutou com dificuldades. Perseguiu uma posição semelhante desde a infância, através de inúmeras viagens, sem sucesso, pelas cortes europeias, até tornar-se um artista livre, após o desligamento definitivo de seu empregador, o Conde Colloredo (1732-1812), príncipe-arcebispo em Salzburg, sua terra natal.
 
Mesmo assim, o compositor italiano, fantasiosamente, foi transformado em vilão no premiado longa-metragem Amadeus de 1984, tema do texto “30 Anos de ‘Amadeus’”, publicado em 14/11/2014. O filme não é claro quanto à hipótese do envenenamento. Sugere sim, que Antônio Salieri, ciente da fragilidade física e emocional do “inimigo”, teria enviado um mensageiro mascarado a fim de minar ainda mais as forças de Mozart. 
 
A lenda do mensageiro mascarado, quem diria, revelou-se verdadeira. Surpreendentemente, em 1964, surgiram provas documentais corroborando a narrativa de Constanze. Mas, justiça seja feita! Antônio Salieri não tem nada a ver com a encomenda misteriosa. Tratava-se, na verdade, do excêntrico e abastado conde austríaco Franz von Walsegg-Stuppach (1763-1827); um músico amador, que costumava recopiar obras que encomendava anonimamente de outros compositores, para depois apresenta-las em concertos particulares, como sendo suas. O Requiem seria usado na cerimônia do primeiro ano de falecimento de sua jovem esposa Anna. Entretanto, os planos do Conde foram interrompidos. Alguns trechos da obra foram interpretados nas homenagens que sucederam a morte de Mozart. 
 
O filme Amadeus sugere ainda, que Salieri teria assistido aos últimos momentos de Wolfgang, inclusive, colaborando na finalização do famoso Requiem (cena: vídeo abaixo) o que, definitivamente, não é verdade. É certo, que a peça, tal como conhecemos, não foi escrita apenas por Mozart. A verdade é que, preocupada em perder o pagamento final pela encomenda, Constanze confiou a tarefa ao amigo Joseph von Eybler e posteriormente a Franz Xaver Süssmayr, os dois, ex-alunos e  ajudantes de Mozart. A obra acabou sendo publicada pela editora Breitkopf & Härtel, em 1799, e, curiosamente, apresentada integralmente, pela primeira vez, no Brasil em 1819.

 

 
Finalizando, ao que parece, a causa da morte de Mozart continuará a ser um mistério. O registro de “febre miliar” (doença infecciosa aguda), como causa mortis na certidão de óbito, aparentemente não diz muita coisa aos médicos dos séculos XX e XXI. Por várias vezes tentou-se chegar a um consenso.  

Recentemente li o artigo Mozart, as suas doenças e a Medicina do século XVIII, publicado na Revista Medicine History em 2006.  Nele, o autor Luis Dutschmann apresenta um minucioso estudo sobre o assunto. Vale a pena dar uma olhada nesse trabalho.
 
Abaixo, o Requiem de Mozart dirigido por Sir Colin Davis, em 2004:

 



Leia também: 30 Anos de ‘Amadeus’” (publicado em 14/11/2014).

 
Amadeus (filme completo)
Áudio: espanhol


Peça teatral Mozart e Salieri  (1830) - Alexander Pushkin.
Mais detalhes: Revista Intertelas




Comentários

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  • 07.08.2024 22:15 Jônatas Ferreira de Jesus

    O texto é extremamente envolvente e bem articulado, proporcionando uma leitura agradável e informativa. Ele apresenta um rico panorama histórico e cultural ao contextualizar os últimos meses de vida de Mozart, além de desmistificar muitas das lendas em torno de sua morte. A narrativa é cativante, começando com o intrigante episódio do mensageiro mascarado e guiando o leitor através das teorias e especulações que cercaram o falecimento do compositor.

  • 07.08.2024 21:38 Lucas Cruz

    O filme "Amadeus" transformou essa rivalidade em uma história envolvente, embora não seja historicamente precisa. A verdadeira causa da morte de Mozart ainda é um mistério, e isso só aumenta o fascínio por sua vida e música. O filme é um clássico que mistura fatos e ficção de forma brilhante, tornando a história de Mozart e Salieri ainda mais cativante.

  • 06.08.2024 18:27 Giovanna Felix da Costa

    A quantidade de pontas soltas sobre a vida é principalmente a morte de Mozart são o combustivel perfeito para teorias e confabulações a respeito da vivências, sendo estas teorias de grande interesse para grande maioria das pessoas. E dada a realidade até mesmo da própria esposa de Mozart, pode se também acreditar que parte das histórias podem ter sido criadas após sua morte com objetivos de aumentar o interesse não só pela vida mas pelas suas produções. Mas há também de se concordar que todas as teorias têm sim uma base para se acreditar que possam ter ocorrido e essa curiosidade causa vontade de conhecer mais da história e consequentemente do trabalho. Independente da rivalidade ter existido ou não, ela foi muito bem construída para o contexto do filme, um clássico tão bem produzido que parece ter sido produzido atualmente.

  • 05.08.2024 20:58 Tallya Jesus Sousa Barbosa

    É senso comum que as histórias mais fantásticas e sensacionalistas são, em geral, melhor recebidas e transmitidas pelas pessoas, e pelas emoções que causam tendem a ser assumidas como verdade. Por isso, não surpreende que tenha se espalhado o boato de que Salieri teria envenenado Mozart, dado que ambos eram gênios da música de sua época, porém com um enorme contraste entre nobreza e plebe, disciplina e talento nato, religião e lascívia. Apesar de naturezas tão opostas com um ponto em comum na música, que de fato podem ter sido combustível para desentendimentos, a intriga digna de novela entre os compositores permanece apenas como uma narrativa comercial, uma estratégia que pode ser comparada ao que fazem as páginas de fofoca atuais, conforme nos traz o texto.

  • 05.08.2024 00:48 Andressa de Barros Duarte

    O texto fala sobre os mitos e verdades dos últimos dias de Mozart. Relatos de quando um mensageiro mascarado apareceu na casa de Mozart para encomendar uma missa fúnebre, o que deixou o compositor bem paranoico. Como já estava emocionalmente instável, começou a achar que estava escrevendo o Requiem para o seu próprio funeral e que estava sendo envenenado (relatos foram baseados nos depoimentos da viúva de Mozart, Constanze). Essa teoria do envenenamento de Mozart foi popular por um tempo, com suspeitas variando de um marido ciumento a uma conspiração maçônica. Apesar disso, a hipótese mais famosa envolvia o Antonio Salieri (mostrado como "vilão" em Amadeus). Na verdade, não há provas de que Salieri tenha envenenado Mozart. Mesmo com essas teorias, a verdadeira causa da morte de Mozart permanece desconhecida, com a "febre miliar" registrada em sua certidão de óbito sendo pouco esclarecedora para os médicos atuais.

  • 03.08.2024 01:22 Francisco de Azevedo Castro Neto

    O texto explora a história e os mitos em torno da suposta inimizade entre Mozart e Salieri. Ele começa relatando a história de um mensageiro mascarado que encomendou a Mozart uma missa fúnebre, uma narrativa que contribuiu para a lenda de que Mozart acreditava estar compondo seu próprio Réquiem. Alcântara observa que muitos desses mitos foram popularizados pela biografia de Franz Xaver Niemetschek, que tinha motivações comerciais. A teoria de que Mozart foi envenenado, que ganhou força no século XIX, é atualmente desacreditada pelos pesquisadores. Alcântara menciona várias teorias conspiratórias que surgiram na época, mas destaca que não há provas concretas que sustentem essas acusações contra Salieri. Ele aponta que Salieri era um músico influente e respeitado, com alunos como Beethoven e Schubert, e que não teria motivos claros para invejar Mozart ao ponto de envenená-lo. Alcântara também esclarece a verdadeira identidade do mensageiro mascarado: o conde Franz von Walsegg-Stuppach, que frequentemente encomendava obras de outros compositores para apresentá-las como suas. Ele destaca que Salieri não teve nenhum envolvimento com essa encomenda e que a ideia de que ele ajudou Mozart a completar o Réquiem é uma invenção do filme.

  • 26.06.2024 00:38 Saulo Ribeiro

    O mistério da morte de Mozart intriga. A existência de um "Mensageiro Mascarado" (ou a não existência) pode dizer muita coisa e ser muita coisa. De uma simples história, até mesmo uma morte por encomenda, as possibilidades são várias, na minha opinião. A possibilidade de Mozart ter caído por excesso de trabalho parece perfeitamente plausível, visto que é muito comum músicos exagerarem e caírem no famoso burnout. A febre miliar aparecendo, parece razoável ela piorar muito em um corpo estafado e desprovido de imunidade. Isso sem me lembrar de que o período que Mozart viveu, certamente, não tinha as possibilidades melhores para um esmerado cuidado da saúde. A expectativa de vida era muito. Costumo duvidar que, em algum dia, saibamos o que aconteceu de verdade, mas aponto uma grande injustiça: Salieri entra para a história (pelo menos para os leigos que, apesar de leigos, são entusiastas da arte) como um músico medíocre. Certamente, merecia muito mais.

  • 20.06.2024 21:35 Vitor Davi Ferreira

    O texto oferece uma reflexão intrigante sobre a relação entre Mozart e Salieri, um dos temas mais controversos e fascinantes da história da música. O autor esclarece que a ideia de que Salieri teria assassinado Mozart é uma invenção literária sem base nos fatos. Ele explica que, na verdade, os dois compositores eram colegas e amigos que se inspiravam e ajudavam mutuamente. Além disso, o autor destaca a obra de Salieri, frequentemente esquecida ou subestimada, mas de grande valor e importância. Ele nos convida a apreciar a música de Salieri, que é rica em expressão, emoção e beleza.

  • 01.02.2024 15:32 Amanda Silva Cordeiro

    O texto é uma interessante reflexão sobre a relação entre Mozart e Salieri, que é um dos temas mais polêmicos e fascinantes da história da música. O autor nos mostra que a lenda de que Salieri teria matado Mozart é uma invenção literária, que não corresponde aos fatos. Ele nos revela que os dois compositores eram colegas e amigos, que se inspiravam e se ajudavam mutuamente. Ele também nos faz conhecer melhor a obra de Salieri, que é muitas vezes esquecida ou subestimada, mas que é de grande valor e importância. Ele nos convida a apreciar a música de Salieri, que é rica em expressão, emoção e beleza.

  • 30.01.2024 19:30 Arthur Borges Taveira

    O texto discute mitos em torno da morte de Mozart em 1791, destacando a encomenda enigmática de uma missa fúnebre por um mensageiro mascarado. Relatos da viúva, publicados em 1797 por Niemetschek, são considerados parcialmente confiáveis, impulsionados por motivos comerciais. Teorias sobre a morte, incluindo envenenamento, são mencionadas, mas atualmente descartadas. O mito de Salieri como vilão é abordado, sem evidências de intrigas. O mensageiro é identificado como o Conde Franz von Walsegg-Stuppach, não relacionado a Salieri. O Requiem de Mozart foi concluído por outros e publicado em 1799. O texto destaca a influência de Salieri e a distorção no filme "Amadeus" de 1984.

  • 28.01.2024 18:57 Gabriel Costa Paz

    Descobrir que o mensageiro era, na verdade, o Conde Walsegg, um músico amador com hábitos curiosos, adiciona uma reviravolta digna de um drama . A confusão entre Salieri e Mozart, perpetuada pelo filme "Amadeus", parece ser mais um capítulo fictício do que uma realidade histórica. A complexidade por trás da composição do Requiem, com Eybler e Süssmayr colaborando, revela um enigma musical tão fascinante quanto a vida de Mozart. E, claro, a incerteza sobre a causa da sua morte é bem intrigante, desafiando até mesmo a certidão de óbito com a enigmática "febre miliar".

  • 28.01.2024 05:03 Amanda Ribeiro de Sousa

    É interessante pensar a rivalidade dos dois, pois ela pelo ponto de vista do filme só existiu de um lado. Mozart não se importava com aquilo, ele sabia que era bom e que fazia diferente de todos, não especificamente só de Salieri, o que parece ser um deboche da parte dele, é apenas sua ingenuidade de não perceber que estava cutivando a raiva de Salieri. Por outro lado, Salieri vê o mesmo com uma ameaça, não somente no seu cargo como em sua carreira, para ele não poderia existir os dois no mesmo lugar pq um ofuscaria o outro, e ele entendeu cedo q ele seria o ofuscado. Se houve rivalidade ou não, fica para o imaginário coletivo pensar sobre isso...como musicista posso dizer que talvez houve sim uma faísca sobre eles, mas ao meu ponto de vista isso seria apenas de um lado, Mozart tava mais preocupado em compor do que rivalizar com alguém.

  • 27.01.2024 16:53 Filipe Castro Saraiva

    É emocionante a rivalidade criada e contada entre Mozart e Salieri apresentada no filmente "Amadeus". Apesar de estar muito distante da realidade, acredito que a mesma consegue criar uma curiosidade crescente em quem assistiu o filme em conhecer mais sobre a história da música e a história de Mozart.

  • 27.01.2024 00:50 Kaic Toledo Camilo

    Caro professor, ao abordarmos a lendária rivalidade entre Mozart e Salieri, imersa em intrigas e mitos, deparamo-nos com eventos cruciais que moldaram a narrativa histórica. A encomenda enigmática da missa fúnebre, associada a um mensageiro mascarado, revelou-se posteriormente vinculada a um excêntrico Conde, desmistificando a imagem de Salieri como conspirador invejoso. O filme "Amadeus," embora cativante, adicionou nuances dramáticas, distorcendo a realidade dos eventos. Salieri, longe de ser apenas um antagonista, era um músico respeitado que, ironicamente, se tornou professor do filho de Mozart. O enigma em torno da morte do compositor persiste, com teorias diversas, desde envenenamento até explicações médicas do século XVIII. Diante desses relatos, é crucial abordar essa complexa relação com uma perspectiva crítica, separando mitos de fatos para uma compreensão mais precisa. Afinal, professor, desvendar a verdade histórica requer uma análise cuidadosa e contextualizada desses eventos intrigantes.

  • 23.01.2024 20:24 Orlando Torquato da Silva Neto

    O texto desvenda mitos e especulações em torno dos últimos momentos de Mozart, incluindo a encomenda misteriosa de um Requiem e possíveis motivos de envenenamento. A revelação de que Salieri não era o vilão, e sim Franz von Walsegg-Stuppach, é surpreendente e desafia a narrativa popular. Além disso, o esclarecimento sobre a contribuição de outros músicos na conclusão do Requiem é valioso para desmistificar a história. O texto também questiona a veracidade de eventos retratados no filme "Amadeus", o que nos leva a refletir sobre a importância de separar a realidade da ficção. A menção a um estudo sobre as doenças de Mozart adiciona uma camada de profundidade ao texto, mostrando a busca pela verdade por meio de pesquisas e análises minuciosas. As contribuições dos comentaristas também enriquecem a compreensão do tema, trazendo diferentes perspectivas e reflexões sobre a rivalidade entre Mozart e Salieri. O texto nos convida a questionar as narrativas estabelecidas e a buscar uma compreensão mais ampla e precisa dos eventos históricos. Em suma, o texto é uma jornada envolvente e esclarecedora sobre um dos episódios mais intrigantes da história da música.

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