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Festa da Leitura e da Escrita

Escola celebra projeto de formação de novos leitores e escritores em Goiânia

112 alunos escreveram seu primeiro livro | 07.12.22 - 17:07 Escola celebra projeto de formação de novos leitores e escritores em Goiânia Caio e Helena, de 7 anos, celebram a conquista da alfabetização e do primeiro livro escrito por eles (Foto: divulgação)
A Redação

Goiânia - 
Helena Perez Paro, 7 anos, está empolgada diante de seu primeiro livro. Um reconto da história da Branca de Neve, que foi também ilustrado por ela, é a materialização de uma conquista, a alfabetização que será um divisor de águas em sua vida. “Estou muito orgulhosa de mostrar para a minha família o que consegui fazer”, diz Helena com o seu livro na mão.

Para celebrar a entrada dos alunos do 1º ano do Ensino Fundamental nos encantos e mistérios do universo das letras, a Escola Interamérica realiza a Festa da Leitura e da Escrita. Durante toda esta semana, meninos e meninas de 6 e 7 anos vão apresentar aos familiares e amigos o resultado do trabalho desenvolvido ao longo do ano, que envolveu a escrita e a ilustração de um livro individual criado por cada criança, baseado nos clássicos na literatura infantil.
 
O projeto existe há 10 anos e desta vez 112 alunos escreveram seu primeiro livro. Para selar o ano, valorizando toda a dedicação dos estudantes, uma noite de autógrafos foi especialmente organizada para que as famílias, com a equipe escolar e as crianças, comemorassem juntas essa nova fase, agora de crianças leitoras e escritoras.

“O processo de formação dos leitores e escritores começa no maternal com as contações de história. À medida que a criança vai crescendo vai organizando este pensamento e se apropriando do código da escrita e do discurso literário com os diversos exercícios realizados em sala de aula”, explica Vera Lobo, diretora pedagógica da escola. O resultado é o empoderamento desses meninos e dessas meninas, com a descoberta do poder e do prazer que a leitura e a escrita podem proporcionar. 
 
Foi este o sentimento de Caio Juliano Coimbra, 7 anos, quando terminou de escrever o livro.  Ele diz que achou difícil no início, mas se surpreendeu com o resultado e se sentiu capaz e empoderado com o progresso alcançado. “O que conquistei agora achei que só conseguiria quando estivesse com 10 anos de idade”, comemora Caio, que escreveu o reconto do Patinho Feio, por causa da lição que a história deixa de não falar mal ou menosprezar as pessoas por suas características físicas.
 
Hoje deixamos de escrever para gravar! E cada vez escreve-se menos. “Existe uma grande valorização da linguagem oral e visual na nossa sociedade, por isso é função e papel da escola criar situações reais de escrita para que a criança pratique, cada vez mais e melhor, e sinta prazer ao escrever. Senão a escola vai perdendo o poder e o dever de fazer com que a escrita permaneça viva”, ressalta Vera.

Estudos mostram que a leitura profunda propiciada pelos livros ativa esquemas cerebrais diferentes da leitura feita nas redes sociais, que é rápida e não permite reflexão. Com isso, as pessoas estão perdendo a capacidade de fazer a leitura profunda e processar adequadamente as informações. “A sociedade e a nova geração têm pensado menos, relacionado menos e questionado menos. Este é um problema porque reduz a capacidade de análise das pessoas e produz as fake news e as campanhas de desinformação”, alerta a coordenadora pedagógica da escola.
 
A Festa da Leitura e da Escrita vai até a sexta-feira, 9, e terá ainda a apresentação de uma peça teatral, preparada pelos alunos, que ilustra como as crianças se envolveram com a narrativa oral e escrita de histórias culturalmente conhecidas, como os contos de fadas.
 

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