A Redação
Goiânia - Os mercados imobiliários de Goiânia e de Aparecida de Goiânia encerraram o primeiro semestre de 2020 com recorde no número de vendas no mês que junho, que registrou alta de 66,8% e aumento de 50% do VGV em comparação com junho de 2019. Em relação a maio deste ano, o crescimento foi de 395%.
E o mês de julho também contabiliza uma alta de 41,7% em unidades vendidas quando comparado ao mesmo período do ano anterior, com uma alta do VGV de 83,4%. Os resultados reforçam que o setor manteve um bom desempenho em 2020, mesmo diante do cenário de isolamento social causado pela pandemia.
Os dados fazem parte da pesquisa referente ao primeiro semestre e julho, divulgada nesta quinta-feira (24/9) pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) e realizada pela Brain Inteligência Estratégica. Os meses de abril e maio tiveram desempenho ruim nas vendas em função da insegurança do consumidor no início da pandemia e, principalmente, em função dos decretos do governo do estado que obrigaram a paralisação das obras e fechamento dos stands de vendas. Enquanto abril somou 279 unidades vendidas e VGV de R$ 87 milhões, o mês de maio contabilizou a comercialização de 235 unidades vendidas e VGV de R$ 121 milhões.
“Confiamos que a queda nas vendas, como ocorreu no mês de abril e maio, foi momentânea e os números históricos de junho e julho são uma demonstração consistente de que o mercado soube se adaptar ao novo cenário, que se transformou com o uso do que há de mais moderno em tecnologia para impulsionar as vendas online, como assinaturas digitais, maquetes eletrônicas, visitas por agendamento, tour 360º e meetings virtuais, entre outros”, destaca o presidente da Ademi-GO, Fernando Razuk.
Em junho e julho o mercado de Goiânia acompanhou o aquecimento do mercado imobiliário nacional e os resultados das vendas foram excepcionais. Em junho último, foram 904 unidades vendidas, com um VGV de R$ 285 milhões, contra 542 unidades vendidas e VGV de R$ 190 milhões em junho de 2019. Já julho deste ano registra 629 unidades comercializadas e VGV de R$ 266 milhões contra 444 unidades de julho do ano passado e VGV de R$ 145 milhões.
Para se ter uma ideia, entre os meses de junho a agosto de 2020, a EBM Desenvolvimento Imobiliário viu o mercado reaquecer de forma mais acentuada, mesmo diante do cenário de pandemia. No período, a incorporadora apresentou quatro lançamentos e aberturas de vendas, sendo dois em Goiânia, um em Anápolis e um em São Carlos, no interior de São Paulo, todos por meio de meetings digitais e a utilização de ferramentas como tours virtuais pelos decorados e drive thru para retirada de informações.
Com os dois lançamentos de Goiânia, por exemplo, o Wish Areião, empreendimento lançado com vista para o Parque Areião, foram 140 unidades vendidas nos primeiros 60 dias, totalizando R$ 45 milhões em vendas; enquanto o Vida Milão, lançamento que integra o programa Minha Casa Minha Vida, teve 60 unidades vendidas no mesmo período de 60 dias, com um total de R$ 11 milhões. Assim, a EBM soma um VGV de R$ 90 milhões no que diz respeito aos referidos meses de junho, julho e agosto, e já se prepara para mais quatro lançamentos neste segundo semestre, sendo dois Minha Casa Minha Vida, um empreendimento da linha Wish no Setor Aeroporto e ainda um lançamento de casas, o primeiro da incorporadora neste perfil de moradia.
De acordo com o presidente da Ademi-GO, a grande alta nas vendas do mercado imobiliário nacional é consequência de diversos motivos, como a queda da taxa de juros, que reduziu a taxa dos financiamentos imobiliários, gerando grande aumento de demanda, ou seja, mais pessoas passam a ter condições de comprar imóveis.
“As condições de pagamento dos imóveis estão muito facilitadas, inclusive para o pagamento até as chaves. Além disso, o imóvel é um ativo resiliente a crises, o que proporciona a segurança que as pessoas buscam nesse momento. E, com a queda da taxa Selic, o investimento em imóveis para aluguel, além de seguro, passou a ser muito rentável, uma vez que as aplicações financeiras de baixo risco passaram a ter rendimento real (quando se desconta a inflação) negativo”, aponta Razuk.
Com a pandemia, explica, as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa, o que impulsionou as vendas de upgrade, para aqueles que perceberam que necessitam de mais espaço para oferecer conforto à família. “O mercado também viveu uma queda histórica da taxa de juros, que veio colaborar para aumento da capacidade de consumo e da retomada vigorosa dos lançamentos pelas incorporadoras. Neste cenário, os consumidores encontraram novas opções de compra, aliadas à tecnologia, com parcelas que cabem no orçamento familiar e desburocratização, o que impacta na manutenção de alta nas vendas. Essa conjuntura, associada a um estoque baixo, deve impulsionar ainda a valorização dos imóveis”, adianta.
Veja a íntegra do levantamento
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