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Volume de lançamentos imobiliários quase triplica em Goiânia

Bueno e Marista têm mais unidades disponíveis | 02.09.21 - 22:38 Volume de lançamentos imobiliários quase triplica em Goiânia (Foto: reprodução/Prefeitura de Goiânia)A Redação
 
Goiânia – Apesar dos desafios impostos pela pandemia da covid-19, os números do mercado imobiliário brasileiro são bastante positivos e o cenário em Goiânia não é diferente. No primeiro semestre de 2021, a quantidade de unidades lançadas disparou mais de 50% em relação ao mesmo período de 2020: foram disponibilizadas 3.501 propriedades contra 2.330 lançadas no ano anterior. Em Volume Geral de Vendas (VGV), o aumento chegou a 175%, saltando de R$ 785 milhões para R$ 2,156 bilhões, ou seja, quase o triplo. 
 
Os dados referentes ao primeiro semestre fazem parte da pesquisa sobre o mercado imobiliário, divulgada pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). O levantamento é realizado pela Brain Inteligência Estratégica. 
 
Uma das razões que impactam neste cenário é o volume de crédito e de financiamento imobiliário, que mais que duplicou em todo o país quando se compara o primeiro semestre de 2021 com o primeiro semestre de 2020, passando de R$ 43,35 bilhões para R$ 97,05 bilhões, crescimento de 123,9%. “Nunca foi tão atraente financiar imóvel. Os financiamentos imobiliários estão no menor patamar de juros da história do país e o crédito continua abundante. É o momento ideal para a aquisição de imóveis”, destaca o presidente da Ademi-GO, Fernando Coe Razuk.
 
Em comparação mensal, junho registrou um volume de 741 unidades lançadas, que geraram um VGV de R$ 709 milhões, enquanto em maio foram lançadas 1.168 unidades e registrado um VGV de R$ 446 milhões. Numa confrontação trimestral, o segundo trimestre de 2021 registra 2.335 unidades lançadas e um VGV de R$ 1.355 milhões, enquanto no primeiro trimestre deste ano foram 1.168 unidades lançadas e R$ 801 milhões em VGV.
 
Sob a análise das vendas, o mercado imobiliário alcançou um crescimento de 35% nos negócios no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020, e com um aumento de 35% em número de unidades e de 79% em VGV.
 
Em junho de 2021 foram comercializadas 707 unidades, gerando um VGV de R$ 440 milhões, enquanto no mesmo período do ano anterior ocorreu a venda de 810 unidades e um VGV de R$ 261 milhões. No comparativo trimestral, os meses de abril/maio/junho deste ano somaram 2.049 unidades vendidas e um VGV de R$ R$ 1.077 milhões, contra o mesmo período de 2020, que registrou 1.322 unidades negociadas e R$ 468 milhões em VGV.
 
Tipologia
 
Imóveis verticais com dois dormitórios estão entre os mais lançados e vendidos no segundo trimestre de 2021: 1.154 unidades lançadas e 1.099 vendidas contra 407 lançadas e 1.040 vendas registradas no primeiro trimestre deste ano. Em segundo lugar estão os apartamentos de três quartos, com 1.064 lançamentos e 899 unidades comercializadas. 
 
Os estoques estão concentrados nos setores Bueno (1.360), Marista (920), Faiçalville (355) e Parque Veiga Jardim e Setor Oeste, empatados com 346 unidades cada. Na capital, enquanto o preço médio do metro quadrado privativo gira em torno de R$ 5.865, o setor Marista lidera como o bairro com o valor do metro quadrado privativo mais alto, ao preço de R$ 7.408, seguido pelo Setor Oeste (R$ 6.910), Bueno (6.639) e Serrinha (5.754). Os bairros Setor Bueno e Setor Marista são responsáveis por 28,4% do total do estoque do mercado residencial vertical.
 
Desafios
 
Os incorporadores continuam enfrentando o desafio do aumento de custo da construção. “Neste momento, os incorporadores necessariamente precisam considerar a projeção de aumento dos custos em seu orçamento de construção, o que necessariamente terá impacto no preço de venda do produto”, complementa Razuk.
 
A alta do dólar, observa o presidente da Ademi-GO, tem peso forte na equação, com impacto no custo de matérias-primas. Nos últimos 12 meses, o aumento médio foi de 15% a 20%. As construtoras citam itens como cobre, que subiu mais de 200% no período, aço (com alta de 70%), cimento (45%) e bloco cerâmico (100%), entre outros.
 
A Ademi-GO alerta que a situação não é diferente em Goiânia e um dos impactos é o aumento do preço de venda dos imóveis aos clientes. Frente a este cenário, os preços de imóveis em Goiânia devem sofrer um reajuste entre 15% e 20% até o final deste ano. “O mercado imobiliário já vem aquecido desde 2020 e vai manter o ritmo neste ano, impulsionado pela baixa taxa de juros. Diante deste ritmo e como aumento dos preços dos materiais, o aumento no preço dos imóveis será inevitável. Quem comprar agora, vai se beneficiar do aumento nos preços dos imóveis nos próximos meses”, alerta.
 
Valorização
 
“O preço de venda continua com tendência de valorização, seja pelo aumento no custo dos materiais e bens e em função do aquecimento do mercado. A oferta de imóveis é a menor dos últimos 11 anos!”, destaca o presidente da Ademi-GO. “O momento para comprar imóveis não poderia ser melhor: condições de pagamento facilitadas, financiamento abundante e taxa de juros no patamar mais baixo da história. E quem comprar agora, vai ganhar com a valorização dos imóveis nos próximos meses”, conclui Razuk.
 
Empregos
 
Os canteiros de obras em Goiás continuam aquecidos e abertos a oportunidades. Para se ter uma ideia, o setor gerou, apenas em julho, 6.888 postos de trabalho em Goiás, com um saldo de 1.451 empregos e um estoque de 84.158 vagas. No país, foram abertos 29.818 novos postos de trabalho com carteira assinada em julho de 2021, conforme os dados do Novo Caged, divulgados no final de agosto pelo Ministério do Trabalho. “Com o aumento no volume de lançamentos nos últimos meses, a tendência é que a geração de empregos no nosso setor continue em alta nos próximos meses, o que ajudará, inclusive, na retomada da economia neste momento pós pandemia”, destaca Razuk.
 
Cuidados ao adquirir imóveis
 
Ao adquirir um imóvel, recomenda-se sempre procurar uma construtora e/ou incorporadora de credibilidade para que o consumidor não corra riscos de dor de cabeça futura. “Recomendo sempre que o consumidor verifique se a incorporadora responsável pelo empreendimento é filiada da Ademi-GO, pois as empresas associadas, de uma forma geral, têm gestão mais profissionalizada”, reforça Razuk. 
 
“Importante também salientar que, neste momento de alta nos custos, torna-se ainda mais arriscado comprar imóveis de construtoras que vendem obra por administração e não garantem o preço de venda, como é o caso dos ditos modelos de cooperativa”, complementa Razuk.
 
Projeção 
 
Para o segundo semestre, a Ademi-GO prevê que mercado deve manter o ritmo de crescente de lançamentos, mantendo assim as vendas aquecidas. A expectativa é de que o setor encerre o ano de 2021 com um aumento em torno de 30% maior do que 2020.

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