Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 12º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Por mais rigor na punição

Coca-Cola e Unilever cancelam anúncios no Facebook por discurso de ódio

Instagram e Twitter também sofreram cortes | 29.06.20 - 13:10 Coca-Cola e Unilever cancelam anúncios no Facebook por discurso de ódio (Foto: divulgação)

Yuri Lopes

Goiânia
- Grandes anunciantes como Coca-Cola, Unilever, Starbucks e Diageo (dona de marcas como Smirnoff, Cîroc e Johnnie Walker), divulgaram a decisão de interromper anúncios em redes sociais que são lentas ou coniventes com discurso de ódio propagado nestas mídias. 
 
Embora Twitter, Facebook e Instagram tenham aumentado o rigor nos últimos meses, com suspensão de postagens e avisos de publicação de mentiras de políticos, no geral, elas ainda demoram a excluir publicações que ferem as políticas de uso. 
 
Membros de grupos de extrema-direita e de supremacistas raciais são os mais notificados pelas redes sociais por propagação de discurso de ódio contra minorias, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, onde estas vertentes cresceram mais rapidamente nos últimos anos. 

Leia mais:
Facebook tira do ar anúncios da campanha de Trump por usar símbolos nazistas
Instagram coloca aviso de notícia falsa em post de Regina Duarte
Trump ameaça 'regular ou fechar' mídias sociais
Twitter oculta tuíte de Trump sobre protestos por exaltar violência
 
A pressão em forma de suspensão de anúncios vem justamente para pressionar as plataformas sociais para que não sejam omissas com os casos de disseminação de discurso de ódio. 
 
Coca-Cola
Uma das primeiras grandes empresas a anunciar apoio formal e com doação de dinheiro neste ano para o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), a Coca-Cola tem usado seus perfis nas redes sociais para divulgar ativistas negros. A empresa também suspendeu publicidade em todas as plataformas em todo o mundo. 
 
“Não há lugar para racismo no mundo, e não há lugar para racismo nas redes sociais”,  disse o presidente da Coca-Cola, James Quincey, em comunicado. 
 
Starbucks
A Starbucks informou em comunicado que vai começar a trabalhar questões de direitos civis dentro da própria empresa e com parceiros.  A empresa manterá presença nas redes sociais, mas sem a promoção de anúncios pagos. A maior rede de cafeterias do mundo disse também que “acredita em unir comunidades, tanto pessoalmente quanto on-line”. 
 
Unilever
Dona de marcas como Omo, Dove, Kibon, Hellman’s, Seda e Lux, a Unilever anunciou que cortará pela metade os anúncios no Facebook, Instagram e Twitter até o final de 2020. 
 
Reação do Facebook
Após a pressão financeira feita pelos grandes anunciantes, o Facebook anunciou, na última sexta-feira (26/6) que vai começar a rotular postagens que têm potencial de causar dano ou desinformação. O fundador da rede social, Mark Zuckerberg, afirmou que suspenderá anúncios que afirmam que pessoas, raças, etnias, nacionalidades, religiões, castas, orientações sexuais, identidades sociais ou status de imigração sejam uma ameaça aos outros. 
 
A iniciativa conjunta das multinacionais causou perda financeira ao Facebook, cujas ações tiveram queda de 8,3% só na última sexta (26), o que representa menos US$ 56 bilhões em valor de mercado da empresa, algo em torno de R$ 306 bilhões.  
 
Clube dos indignados
O movimento Stop Hate for Profit (Pare o ódio pelo lucro) elenca as empresas que se comprometem em não anunciar em plataformas que não lidam de forma eficiente contra disseminação de discurso de ódio. 
 
O site da inciativa traz uma lista com as empresas participantes, como Coca-Cola, Diageo, Unilever, Honda, Levi’s e Mozilla.
 
 

Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:
Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351