A Redação
Goiânia - Os remineralizadores de solo, também conhecidos como bioinsumos, será um dos temas do congresso on-line ‘e-mineração’, que será realizado nos dias 15 e 16 de julho. O evento é uma realização do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), com apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM). O congresso propõe uma rodada de negócios entre mineradoras e fornecedores de produtos e serviços.
O ‘e-mineração’ terá palestras técnicas, lives com temas de grande relevância para o setor, pitch de negócios para startups e um portal de negócios com informações sobre empresas e seus produtos e serviços, entre outras atividades, todas pela internet. Para assistir as lives, basta fazer inscrição que é gratuita. O mesmo vale para as palestras técnicas e as apresentações das startups. A programação completa
está disponível no site.
Marco legal da remineralização
O painel “Remineralizadores: Contribuição da mineração para sustentabilidade da agricultura” será realizado no dia 15 de julho, às 12h. O debate será mediado por Alysson Paolinelli, que é ex-ministro de Agricultura e atualmente preside a Associação Brasileira de Milho (Abramilho), e terá a participação da pesquisadora da CPRM, Magda Bergmann, do pesquisador Eder Martins, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do executivo e CEO do Grupo Actualpar, Daniel Alves Antunes – como representante da empresa que registrou o primeiro remineralizador e condicionador de solo do Brasil, o fino de micaxisto (FMX).
Segundo o CEO da Actualpar, a discussão é muito importante pois tratará do marco legal dos remineralizadores de solos, da situação atual dos registros e da modernização da legislação para esses insumos. “Temos observado empresas que estão comercializando pó de brita, brita peneirada e pó de rocha peneirado sem garantias mínimas nutricionais, se passando por remineralizadores”, diz.
De acordo com Daniel, os pós de rochas foram definidos como remineralizadores de solos (REM) pela Lei 12.890/2013 e regulamentados pela Instrução Normativa 5 de 10 de março de 2016 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “O uso de produtos sem a devida certificação no Mapa, coloca em risco a saúde do solo, da planta, dos animais, da água, do operador que aplica e de todos que consomem os produtos extraídos”, enfatiza.
Pó de rocha
Os remineralizadores alteram os índices de fertilidade e melhoram as características químicas, físicas e biológicas dos solos agrícolas. Uma característica única dos REM é a formação de minerais no solo que aumentam a capacidade do solo de reter nutrientes e água”, explica o pesquisador da Embrapa, doutor Éder Martins.
O pesquisador explica que a granulometria ideal dos remineralizadores depende da composição da rocha que deu sua origem. “A fração menor que 0,3 mm geralmente é a mais ativa em remineralizadores derivados de rochas ígneas e metamórficas. Já os pós derivados de rochas sedimentares formadas por argilominerais podem apresentar granulometria mais grosseira, pois partículas compostas podem ser desmontadas naturalmente em partículas mais finas após a sua aplicação no solo”, diz.
Éder lembra que o registro no Mapa é a segurança da cadeia produtiva destes insumos para os mineradores, agricultores e consumidores de alimentos. “A empresa deve ser registrada no Mapa como estabelecimento produtor de REM, sendo que deve ter todas as licenças de funcionamento e atender critérios ambientais e de segurança”, pontua ele.
Serviço:
Congresso On-line ‘e-mineração’
Data: 15 e 16 de julho
Horário: Das 9h às 18h