A Redação
Goiânia - O Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg) realizou quinta-feira (26/11) a última etapa do ano da série de webinares Intercâmbio Comercial: Incrementando os Negócios Bilaterais, desta vez com participação do embaixador do Grão-Ducado de Luxemburgo, Carlo Krieger. Aberto pelo presidente da Fieg, Sandro Mabel, o encontro on-line foi mediado pelo vice-presidente do Conselho Temático de Comércio Exterior (CTComex) da Fieg, William O'Dwyer.
Sandro Mabel ressaltou as vocações econômicas do país europeu, que é o segundo maior domicílio de ativos de fundos de investimento do mundo, atrás somente dos Estados Unidos. "Numa política moderna e inteligente, o governo de Luxemburgo concentrou suas atrações de investimento em indústrias inovadoras que se mostraram promissoras no apoio ao crescimento econômico", observou.
Dentre os principais setores da economia luxemburguesa, estão logística, tecnologia da informação e comunicação; tecnologias de saúde, incluindo biotecnologia e pesquisa biomédica; tecnologias de energia limpa e, mais recentemente, tecnologia espacial e tecnologias de serviços financeiros.
O embaixador Carlo Krieger destacou a abertura da economia do Grão-Ducado para receber investimentos e novos negócios. "Queremos aproximar Luxemburgo de Goiás e fortalecer nossos laços comerciais", disse, ao falar sobre oportunidades logísticas para distribuição de produtos para os grandes centros consumidores da Europa e a liderança do país europeu em finanças verdes, considerando o potencial que Brasil possui no setor.
Também presente no encontro on-line, o adido comercial e econômico da Embaixada de Luxemburgo no Brasil, Felipe Diniz, apresentou os diferenciais da economia luxemburguesa e as janelas de oportunidades que as empresas goianas possuem para internacionalização de seus negócios. "Considerando a vocação exportadora de Goiás, os modais luxemburgueses podem ser extremamente interessantes, já que podem auxiliar numa logística mais rápida e prática de entrega para outros países".
De acordo com Diniz, a economia de Luxemburgo destaca-se pela característica cosmopolita. Quase 50% da população e cerca de 70% da força de trabalho são compostas de estrangeiros de mais de 170 nacionalidades e que falam pelo menos 80 línguas.
“Embora o país tenha três línguas oficialmente reconhecidas (luxemburguês, francês e alemão), o inglês é amplamente falado e temos também uma taxa considerável de falantes de língua portuguesa, devido à grande quantidade de imigrantes portugueses. O português é também uma língua importante na dinâmica da economia", afirmou.
O adido comercial reforçou ainda que a economia de Luxemburgo é a mais aberta da Europa e a 3ª mais receptiva do mundo, atrás somente de Singapura e Hong Kong, de acordo com o indicador ICC Open Market. Tal característica atraiu diversas empresas multinacionais para o Grão-Ducado, garantindo um crescimento econômico constante superior à média da União Europeia e gerando um incremento de empregos de mais de 50% nos últimos 15 anos.
"Hoje, Luxemburgo não é somente mercado financeiro. Possui uma economia diversificada e abriga um ecossistema dinâmico de startups, inclusive de negócios baseados na ecossustentabilidade. Esse pilar não é só estratégia, mas um valor da economia luxemburguesa", disse Diniz, ao sublinhar as oportunidades que o país oferece às jovens empresas inovadoras de todo o mundo.
O vice-presidente do CTComex, William O'Dwyer, compartilhou posição semelhante ao enfatizar que Luxemburgo é o segundo maior centro econômico do mundo com grande capacidade na atração de investimentos. Para O'Dwyer, a abertura da Embaixada de Luxemburgo no Brasil – única na América do Sul – cria oportunidades de inserir o país europeu na lista de parceiros preferenciais de Goiás.
"Saímos desse webinar com um conhecimento maior da economia do único Grão-Ducado do mundo. Parabenizo a Fieg que, por meio do CIN, tem feito um extraordinário trabalho pelas relações de comércio exterior e internacionais de nosso Estado", disse.