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Economia

Empreendimentos de pequeno porte recebem 90,4% dos recursos do FCO em Goiás

Valor se refere ao último crédito liberado | 06.07.21 - 10:26 Empreendimentos de pequeno porte recebem 90,4% dos recursos do FCO em Goiás (Foto: divulgação)
 
A Redação
 
Goiânia - Empreendimentos de pequeno e pequeno-médio portes receberam 90,4% (R$ 101,26 milhões) dos recursos aprovados na última ordem pelo Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), cumprindo determinação do governador Ronaldo Caiado. Foram R$ 19,07 milhões foram para oito empresas e R$ 82,12 milhões para 79 produtores rurais. 
 
O presidente do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), César Moura, aprovou 97 cartas-consultas do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para empréstimos a atividades do setor empresarial e rural, que totalizam R$ 112,02 milhões. 
 
Visando a nova preferência do CDE/FCO de aprovar incentivos para empreendimentos de mini a pequeno-médio porte dos 62 municípios goianos prioritários, definida pelo governador na última aprovação de cartas-consultas, em 11 de junho, os financiamentos contemplam 50 municípios que, com o fortalecimento das atividades, têm previsão de abertura de 186 vagas de trabalho, sendo 39 pelo setor empresarial e 147 do rural.
 
“O dinheiro mais barato não pode ser destinado àqueles que têm a capacidade de contrair empréstimo com os grandes bancos do Brasil ou internacionais”, defendeu o governador. “Voltamos os olhos para que o investimento chegue ao cidadão tirador de leite, criador de frangos, suínos, pequenos plantadores de hortaliças e mandioca”, afirmou.
 
Duas empresas e oito produtores de porte médio foram contemplados, com o respectivo montante de R$ 3,97 milhões e R$ 6,94 milhões. Nenhum empreendimento de grande porte recebeu parecer positivo para solicitação de financiamentos, que serão destinados para aquisição de equipamentos e matéria-prima, construção civil, implantação de usinas fotovoltaicas, correção de solos para plantio e capital de giro. Também financiam matrizes, irrigação, eletrificação, pastagens, atividades da produção de soja e milho, bovinocultura e suinocultura.
 
Titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), José Vitti, disse que a priorização dos recursos para micro e pequenos empresários será responsável por pulverizar os empréstimos em Goiás, levando o desenvolvimento para todas as regiões. “O FCO é um instrumento de promoção do desenvolvimento do Estado. Por meio desse crédito é possível promover o crescimento regionalizado”, disse Vitti.
 
Crédito para o campo
Com essa mudança de foco dos recursos do FCO, micro, pequenas e médias empresas e produtores rurais terão R$ 748 milhões do fundo, em Goiás, até o final de 2021. Dos R$ 112,02 milhões recém-liberados pelo Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), cerca de 79% são direcionados ao setor rural. Foram R$ 89,07 milhões aprovados para 87 cartas-propostas de 45 municípios goianos. 
 
A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) realiza análise técnica de cartas-consulta de valor igual ou superior a R$ 500 mil para financiamentos rurais com recursos do FCO, que são direcionadas à apreciação do CDE. Na avaliação do secretário Tiago Freitas de Mendonça, a diversidade de itens financiados mostra que o produtor rural goiano tem investido em equipamentos e melhorias, desde a produção até o seu plantel, de maneira a crescer a produção já existente no Estado.
 
Força aos pequenos
Desde 2019, o Governo de Goiás implanta políticas de apoio aos pequenos e médios produtores, com atenção voltada para a agricultura familiar e o mercado interno. “Temos que produzir cada vez mais, avançar no cultivo e levar comida para a mesa da população daqui e de fora”, ressalta o governador Ronaldo Caiado. 
 
No Estado, o FCO é gerido pelo Conselho Deliberativo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco), e envolve as secretarias de Estado da Retomada, de Indústria, Comércio e Serviços (SIC) e Seapa.
 
“O FCO saía para quatro, cinco. Eram R$ 200 milhões para um, R$ 300 milhões para outro, R$ 500 milhões para um terceiro. Isso acabou. Agora o FCO deve combater as desigualdades regionais e dar apoio aos pequenos e médio produtores, que não têm capacidade de tirar dinheiro em banco”, concluiu Caiado.  
 

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