A Redação
Goiânia - Robotic Process Automation (RPA) é a automação de tarefas executadas em um ambiente computacional, mais especificamente tarefas de entrada e obtenção de dados em sistemas já estabelecidos, tais como ERPs, páginas WEB, aplicativos de celulares, sistemas “tela preta” (Mainframe). Em Goiás, a aposta em RPA cresce cada vez mais focada em eficiência operacional.
Com RPA, são criados robôs (ou “bots”) que podem simular, aprender e executar processos de negócios baseados em regras. Segundo explica o presidente do Conselho Setorial de TI e Inovação da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Fábio Christino, qualquer tarefa ou conjunto de tarefas que são passíveis de serem roteirizadas podem ser executadas por robôs.
“Ou seja, aquilo que hoje é feito de maneira manual e repetitiva pode ser automatizado, liberando as pessoas para analisar contextos, situações e entregarem mais valor para seus negócios. O robô faz aquilo que não é amigável para um humano, assim como máquinas e equipamentos de engenharia nos ajudam, há milênios, a escalar o potencial humano, carregando peso, quebrando pedras, pavimentando estradas”, explica Fábio.
Ainda segundo lembra Fábio Christino, no âmbito de sistema, atualmente, é comum nos depararmos com tarefas que beiram ao “desumano”, tais como conferências de milhares de registros entre dois sistemas isolados, digitação de milhares de dados ou documentos para poderem ser incluídos em formulários.
“Gosto de dizer que robôs automatizam tarefas, não o trabalho. O trabalho sempre será produto dos humanos. Inclusive deixando o “humano” mais à vontade para utilizar aquilo que tem de melhor, sua criatividade e inteligência.
A automação RPA pode interagir com qualquer sistema ou aplicativo: qualquer sistema que rode em um computador ou dispositivo, como o celular, por exemplo. Para Goiás, o RPA, além de trazer ganhos mais rápidos em termos de resultados e eficiência operacional, habilita a integração entre os silos sistêmicos criados nas últimas décadas.
“Ou seja, é comum em uma mesma empresa ter um ERP que precisa se integrar com planilhas, sistemas de fornecedores ou clientes, que precisaria se conectar com redes sociais e outras plataformas disponíveis na internet. Porém, tais integrações não são simples se pensarmos em desenvolvimento de software. Desenvolver software em qualquer lugar do mundo é caro! No Brasil, e em Goías, nós vivemos um apagão de profissionais que dominam lógica de programação”, enfatiza o especialista.
Nesse sentido, o desenvolvimento em RPA é mais simples e escalável, pois interage com as fronteiras desses SILOS SISTEMICOS, criando uma espécie de LIGA inteligente entre sistemas desconexos e entregando uma CADEIA de VALOR para seu negócio.
Setores que podem aderir
Todos os setores que possuem sistemas computacionais rodando em computadores, mainframes e celulares.
As perguntas chave são:
a) quais atividades na minha empresa são repetitivas, manuais e passíveis de erros humanos?
b) quanto custa um erro ou engano cometido?
c) sua operação sofre com a rotatividade de funcionários?
d)quanto custa treinar um funcionário novo para operar seus sistemas?
Objetivo do RPA
O foco do RPA é habilitar a transformação digital das empresas, liberando as pessoas para inovar e entregar mais valor para seus negócios. A velha máxima: “quem executa tarefas demais não tem tempo para ganhar dinheiro!”.
Vantagens da tecnologia RPA
São três principais vantagens:
1)Time to market é imbatível se comparado com desenvolvimento tradicional de software.
2)O desenvolvedor RPA não precisa ser um grande especialista em desenvolvimento de software.
3)A tecnologia pode ser comprada como serviço, com ROI pré-definido.
RPA e IA (Inteligência Artificial)
RPA é uma tecnologia que habilita a implementação de algoritmos de inteligência artificial: “pois, não adianta possuir um supercomputador ou um super algoritmo preditivo, se não é possível tomar decisões e executar ações na ponta de maneira ágil”, conclui Fábio Christino.