A Redação
Goiânia - O Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Cmas) da Fieg, liderado pelo vice-presidente da federação Flávio Rassi, promoveu visita técnica à indústria Caramuru Alimentos, em Itumbiara, no Sul de Goiás. O objetivo foi conhecer as ações ESG (da sigla em inglês para sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa) implantadas pela empresa, que se prepara para entrar com oferta pública de ações na bolsa de valores. A ativida integra o plano de ação para o biênio 2023-2024.
A comitiva do Cmas-Fieg foi recebida pelo diretor-presidente da Caramuru, Júlio Cesar da Costa; pela diretora de Recursos Humanos e Relações Institucionais, Margareth Scarpelini; e pela equipe de colaboradores Thais Ribeiro (coordenadora de Sustentabilidade), Larissa Araújo (coordenadora de Gestão da Qualidade), Renato Gomes (coordenador de Regulação) e Fernando Jacomini (analista ambiental).
Com modelo de negócios 100% integrado e dotado de elevadas barreiras de entrada, a indústria estruturou seu modelo de negócio nos eixos Originação, Logística Integrada, Comodities Diferenciadas, Biocombustíveis e Produtos de Consumo. "Esses pilares estratégicos posicionaram a empresa de forma diferenciada no mercado. Não somos exportadores de commodities, mas de produtos processados. Estamos sempre investindo para um maior desenvolvimento", afirmou Júlio Cesar.
Dentre os benefícios dessa integração, o diretor destacou a gestão e rastreabilidade dos produtos, a flexibilidade para se adequar à volatilidade de demanda no mercado local e internacional e a mitigação de riscos de ruptura logística, uma vez que conta com estrutura robusta em quatro diferentes modais.
No âmbito das ações ESG, a coordenadora de Sustentabilidade, Thais Ribeiro, explicou a metodologia adotada pela empresa para implantação das ações, considerando 12 temas prioritários à companhia, dentro dos eixos: Cuidado com Pessoas, Gestão de Recursos Naturais, Estratégia Climática, Processos Sustentáveis e Ética e Compliance.
"Entendemos que o desenvolvimento sustentável aplicado aos negócios é uma forma ética de atuação, que considera as necessidades do presente e o futuro das próximas gerações. A sustentabilidade sempre existiu na Caramuru, mas não era feita de forma integrada. Em 2021, iniciamos essa construção, com o foco ESG", explicou Thais, ao ressaltar a importância de o ESG estar atrelado ao risco financeiro da companhia. "Não é só olhar o impacto ambiental, mas ampliar essa estratégia."
Durante a visita técnica, os conselheiros do Cmas-Fieg conheceram detalhes da operação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da fábrica e de envase de produtos industrializados, como óleo (soja, girassol e milho) e azeite.
Com 58 anos de história, a Caramuru é hoje, no Brasil, a 2ª maior processadora de milho, 6ª maior processadora de soja e 6ª maior produtora de biodiesel. O faturamento líquido da companhia cresceu 13% no último ano, somando R$ 8,6 bilhões. A empresa possui cinco plantas industriais, localizadas em Goiás (3), Mato Grosso (1) e Paraná (1), emprega mais de 2.400 colaboradores e possui mais de 11 mil fornecedores.
Na avaliação do vice-presidente da Fieg Flávio Rassi, a visita técnica foi muito positiva, sobretudo pelo conhecimento compartilhado pela companhia na implantação do ESG. "A metodologia adotada inclui ferramentas que permitem mensurar o impacto ambiental da atividade e fornece dados que subsidiam ações de governança."
A visita à Caramuru marcou ainda a realização de reunião itinerante do colegiado, com participação de conselheiros e representantes da Fieg, do Sesi, Senai e IEL. Na oportunidade, foi deliberada a criação de grupos de trabalho para discussão dos temas Práticas de ESG, Arcabouço Legal Ambiental e Economia Circular. Os três eixos vão nortear as ações do Cmas-Fieg no biênio 2023-2024.
A visita técnica contou com participação dos superintendentes Lenner Rocha (Fieg) e Humberto Oliveira (IEL); da assessora técnica do Cmas-Fieg, Elaine Farinelli; e de 17 conselheiros do colegiado.