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Luto

Leondenira Naves morre em Tangará da Serra (MT)

Casamento com Clorival uniu UDN e PSD em Jataí | 24.03.20 - 11:03
 
Jales Naves
Especial para o AR
 
Goiânia - Goiana de Jataí, onde nasceu em 5 de outubro de 1936, e desde 2005 residindo em Tangará da Serra, MT, região para onde a maioria de seus filhos se transferiu em 1984, depois que seu marido, Clorival Naves da Cunha, ali adquiriu terras, Leondenira Ribeiro Naves, 83 anos, faleceu na sexta-feira, dia 20. “A família perde uma grande mulher, batalhadora, guerreira, que lutou tanto pela vida que chegou ao seu limite e se entregou”, escreveu a neta Maria Vitória Naves.
 
Criador de gado desde quando começou a ter seu próprio negócio, Clorival também nasceu em Jataí, em 1918, e decidiu buscar novos espaços, preocupado com as oscilações da economia brasileira. A opção foi por Nova Olímpia, MT, município próximo de Tangará da Serra, onde adquiriu 2.300 hectares e continuou na pecuária. Ficou um tempo em sua cidade natal, passando para os filhos Elson e Luiz Márcio a tarefa de conduzir os negócios. Ele faleceu em 2006, aos 87 anos de idade.
 
Dona Leonda, como é conhecida familiarmente, nasceu na Fazenda Pombal, distrito de Naveslândia, em Jataí, filha de Vicente Ribeiro da Silva e Bárbara Maria da Silva. Era a terceira filha de uma prole de 11 irmãos. Em 30 de julho de 1956 casou-se com Clorival, último dos seis irmãos a se casar, filho de João Naves da Cunha e Cândida de Almeida Cunha. Esse casamento teve um forte calor político para a época: casava-se um filho de udenista (União Democrática Nacional / UDN) com a filha de um adversário pessedista (Partido Social Democrático / PSD).
 
O casal teve sete filhos, sendo três homens e quatro mulheres, na sequência, todos nascidos em Jataí. Estudou na zona rural, sempre se dedicou aos serviços domésticos e cuidou dos filhos, “com todo carinho e dedicação”, como recordam os filhos. Teve 16 netos e seis bisnetos. Com o falecimento do marido ela continuou a residir em Tangará da Serra até seu falecimento, sendo o seu corpo sepultado no mausoléu da família Naves em Jataí.
 
Filhos
A decisão de mudança para o Mato Grosso dividiu a família. O primogênito, advogado Jaílton Paulo Naves, ficou em Goiás, ingressou na atividade político-partidária e atuou, dentre outras funções, como Vereador Constituinte em Jataí (1989/1992); Superintendente de Desenvolvimento da Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás (Seplan-GO), de 1999 a 2006; e Presidente da Promotoria de Liquidação (Proliquidação), órgão que cuida da liquidação das empresas públicas e sociedades de economia mista sob controle acionário do Estado de Goiás (2011-2018). Neila Regina, dona de casa, transferiu-se com a sua família para Uberlândia, MG, onde reside.
 
Com a divisão da herança, Elson e Luiz Márcio continuaram como fazendeiros, em Nova Olímpia, onde Jaílton também tem propriedade rural. Três irmãs permaneceram em Tangará da Serra: Maria, formada em Química, é professora na área, contratada pelo Estado; Cleiner, dentista, é professora de Odontologia na Universidade de Cuiabá, extensão de Tangará da Serra; e Oneida, advogada, especializada em Direito Público, tem escritório de advocacia com o marido, também advogado, Vander José da Silva Ribeiro, assessora a Prefeitura Municipal há 17 anos e possui uma fazenda, de 50 alqueires.
 
Oneida tem dois filhos: Maria Vitoria passou no vestibular para o Curso de Direito, não gostou, ingressou no Anglo, curso preparatório para vestibulares, e decidiu tentar Medicina, para seguir a opção da prima Fernanda Naves Bernardo, que faz o curso médico na Bolívia; e Clorival Naves da Cunha Neto, que faz o terceiro ano, gosta de fazenda e quer cursar Agronomia.

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