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PF avisou Flávio que Queiroz seria alvo de operação, diz suplente do senador

Paulo Marinho conta detalhes do episódio | 17.05.20 - 01:48 PF avisou Flávio que Queiroz seria alvo de operação, diz suplente do senador Paulo Marinho (Foto: Ricardo Borges/Veja)
Yuri Lopes

Goiânia
O empresário Paulo Marinho afirmou que o senador Flávio Bolsonaro (sem partido) ficou sabendo com antecedência do envolvimento de seu assessor Fabrício Queiroz na Operação Furna da Onça, da Polícia Federal. 

Marinho é suplente na chapa de Flávio Bolsonaro e foi um dos apoiadores mais próximos do presidente Jair Bolsonaro na campanha presidencial de 2018. Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o empresário falou sobre o período de campanha, os encontros com políticos e advogados para defender Flávio na operação, as impressões pessoais sobre o então candidato a presidente e a ambição de ser o próximo prefeito do Rio de Janeiro. 
 

Paulo Marinho e Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018 (Foto: reprodução/Instagram)
 
 
Paulo contou à Folha que no dia 12 de dezembro de 2018 recebeu uma ligação de Flávio Bolsonaro pedindo um encontro com ele, a pedido do pai, o que, segundo o empresário, ocorreu no dia seguinte, em sua casa. O motivo do encontro foi, de acordo com Paulo, o pedido de indicação de um advogado criminalista. 
 
Na entrevista, Paulo conta como ficou sabendo do caso Queiroz. “Ele [Flávio Bolsonaro] estava absolutamente transtornado. E esse advogado, Victor [Alves], dizendo ao advogado Christiano [Fragoso] que tinha conversado com o Queiroz na véspera e que o Queiroz tinha dado a ele acesso às contas bancárias para ele checar as acusações que pesavam contra o Queiroz”, disse Paulo.
 
Marinho também deu detalhes do dia em que Flávio foi avisado antecipadamente sobre a operação que investigava Queiroz, que era funcionário do gabinete do filho de Bolsonaro. Paulo contou que um encontro teria ocorrido na Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá, no Rio de Janeiro. Nele estavam o ex-coronel Miguel Braga, atual chefe de gabinete de Flávio no Senado, o advogado Victor Alves e Val Meliga, que, segundo Marinho, era “da confiança do Flávio e irmã de dois milicianos que foram presos na Operação Quatro Elementos”.
 
O empresário contou mais detalhes do que lhe foi relatado. “O delegado saiu de dentro da superintendência. Na calçada —eu estou contando o que eles me relataram—, o delegado falou: ‘Vai ser deflagrada a Operação Furna da Onça, que vai atingir em cheio a Assembleia Legislativa do Rio. E essa operação vai alcançar algumas pessoas do gabinete do Flávio [o filho do presidente era deputado estadual na época]. Uma delas é o Queiroz e a outra é a filha do Queiroz [Nathalia], que trabalha no gabinete do Jair Bolsonaro [que ainda era deputado federal] em Brasília’”, relatou o empresário em entrevista à Folha.
 
Pré-candidato a prefeito do Rio
Oficializado como o pré-candidato do PSDB para concorrer à Prefeitura do Rio nas eleições deste ano, Paulo Marinho foi a escolha do partido após a morte de Gustavo Bebianno. “Dias depois, o Doria me convidou para ser candidato. Aceitei o Desafio”, contou ele na entrevista à Folha. 
 
“O momento não é para ginasiano. É para pessoas que tenham experiência empresarial, como eu tenho, no mercado financeiro, de comunicação. Tenho contatos com todo o mundo, e capacidade de articular todas as pessoas de bem para se juntarem em torno de um projeto de salvação da cidade”, declarou.

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