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Centro histórico de Salvador

Presidente do Iphan sobre Palacete Tira-Chapéu: "Mais um atrativo turístico"

Prédio passa por obras de restauro | 04.05.22 - 15:56 Presidente do Iphan sobre Palacete Tira-Chapéu: "Mais um atrativo turístico" Palacete Tira-Chapéu passa por obra de restauro (FOTO: JACKSON VELOSO)

Adriana Marinelli
 
Goiânia - Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Larissa Rodrigues Peixoto Dutra avalia que o trabalho de restauro realizado no Palacete Tira-Chapéu, em Salvador (BA), tem papel crucial para garantir a revitalização e recuperação do Centro Histórico da cidade, onde o prédio está localizado. "Além do restauro de um bem arquitetônico tombado que se encontrava fechado e em processo de arruinamento, o perfil do empreendimento proposto, que inclui um polo gastronômico, pode ajudar na geração de emprego e renda para os soteropolitanos e se tornar mais um atrativo turístico da cidade", destaca. 
 
Larissa Dutra afastada após demitir funcinários a pedido do presidente — Foto: Divulgação/Iphan
Presidente do Iphan, Larissa Peixoto (Foto: Iphan)
 
Concebido pelo arquiteto italiano Rossi Baptista e inaugurado em 1917 como sede da Associação dos Empregados do Comércio da Bahia (AECB), o Tira-Chapéu deixou de oferecer serviços em 2012, mesmo ano em que foi desocupado. O prédio de três pavimentos ficou desativado por oito anos, período em que foram registradas ocupações criminosas e atos de vandalismo no local, que também já evidenciava o desgaste provocado pelo tempo. O cenário começou a mudar em fevereiro de 2021, quando passou a ser colocado em prática um minucioso projeto de restauro do local. Conduzido pela Organização Social Elysium Sociedade Cultural, com investimento privado por parte da Elo Serviços S.A., administradora de cartões de crédito, e com apoio da Lei Rouanet de incentivo à Cultura, o trabalho já mostra resultados.


Antes e depois da porta da entrada principal do Palacete (Fotos: reprodução/ Elysium Sociedade Cultural)
 
O Tira-Chapeu é tombado individualmente pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac-BA), entidade estadual de proteção ao patrimônio, ligada ao governo do Estado, e parte integrante do conjunto urbanístico e arquitetônico do Centro Histórico de Salvador, tombado pelo Iphan desde 1983. Para a presidente do instituto nacional, a população soteropolitana é a grande beneficiada com o trabalho de restauro, que é resultado de parcerias. "No que diz respeito à questão da cultura, há um retorno concreto à sociedade em relação aos projetos de restauração, que é a devolução de um bem cultural capaz de promover o desenvolvimento da região em que está inserido, promovendo o seu desenvolvimento econômico e social", pontua Larissa Peixoto. 


Parte da fachada do Palacete Tira-Chapéu após nova pintura (Fotos: reprodução/ Elysium Sociedade Cultural)
 
A presidente do Iphan ressalta que o Tira-Chapéu caminha para ser mais um bom exemplo de espaço restaurado apto a receber a comunidade, a exemplo de outros locais que já estiveram em obras com o amparo do Instituto. "Em Salvador temos, atualmente, duas obras financiadas com recursos da Lei de Incentivo à Cultura em curso: as obras do Palacete [Tira-Chapéu] e a da sacristia da Catedral Basílica de Salvador. Mas já foram realizadas muitas obras, como da Igreja de Nossa Senhora Sant'Ana, Palácio da Aclamação, Casa da Fundação José Petitinga, dentre outras, além de obras relevantes no interior do Estado, como a Fortaleza de Morro de São Paulo", acrescenta. 
 
No caso do Tira-Chapéu, apesar de os trabalhos estarem concentrados na fase de revitalização, o pós-restauro também receberá uma atenção especial dos envolvidos. A ideia é promover a ocupação inteligente do espaço com projetos culturais, principalmente com foco em crianças da região. Também há discussões envolvendo futuras operações gastronômicas para atrair o público de forma democrática para o local. “A realização de obras com recursos provenientes da Lei de Incentivo à Cultura é um valioso mecanismo adotado e um ótimo caminho para devolver à sociedade espaços públicos desta magnitude, completamente restaurados. Isso permite que a sociedade e o Estado se unam com o propósito de incentivar projetos de restauração como o do Palacete Tira-Chapéu”, enfatiza Larissa Peixoto. 
 
“Requalificar um bem e restaurá-lo é agir em favor de sua preservação e garantir para aquela comunidade o seu uso, garantir que aquele patrimônio continue fazendo parte da vida daquelas famílias ao longo das gerações. São ações que obedecem ao interesse público para fortalecer o vínculo que o brasileiro mantém com o bem cultural, sem esquecer do desenvolvimento do nosso país”, finaliza a presidente do Iphan. 
 
Clique aqui e saiba mais sobre o Palacete Tira-Chapeu. 

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