Mônica Parreira
Goiânia – Candidato ao Senado em Goiás pelo Partido Novo, o empresário Leonardo Rizzo aponta o suporte ao empreendedorismo como uma das principais bandeiras de sua campanha. “Há cerca de 53 milhões de brasileiros querendo empreender. O que eles precisam é de conhecimento e oportunidade”, declarou nesta terça-feira (16/8) em entrevista ao jornal A Redação, ocasião em que apresentou alguns projetos para a área.
“Esses brasileiros querem ser donos do seu próprio negócio, do seu rendimento. Nesse sentido, o governo deve oferecer apoio, qualificação”, pontuou. Para Rizzo, o empreendedorismo requer uma base de sustentação que passa por pilares como educação, desburocratização e planejamento. “Claro que há inúmeros casos de sucesso hoje, mas a verdade é que os direitos não são iguais. É preciso aperfeiçoar as leis para que haja um desenvolvimento desses negócios.”
Para exemplificar sua visão sobre como incentivar o empreendedorismo no Brasil, o candidato mencionou o protagonismo da educação básica e os prejuízos causados pela pandemia. “É um atraso brutal. Temos de recuperar esse tempo, criar uma geração 4.0 preparada para o mundo moderno”, disse. Rizzo defende o Congresso Nacional como um agente intermediário de fomento. “Garantir recurso para os municípios, e que eles sejam agentes incentivo ao empreendedorismo e de capacitação.”
Levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) indica que os pequenos negócios foram as responsáveis por 76% dos empregos formais criados no Brasil de janeiro a abril deste ano. Isso equivale a 585,56 mil postos de trabalho. Segundo Rizzo, o número poderia ser ainda maior caso o processo de abertura de empresas fosse menos burocrático. “Me pergunto: por que não é instantâneo?”, questionou ao sugerir mudanças na legislação.
Sobre o último pilar, o de planejamento, Rizzo fala da necessidade de haver uma base de dados para auxiliar as ações de governo. “O poder público precisa ter controle sobre onde estão essas pessoas, quem são, e como elas podem ser úteis à sociedade.” Ele classifica como via de mão dupla a estratégia de encontrar os empreendedores e traçar metas para oferecer suporte. “[Abertura de novos negócios] gera receita para o Estado, é mais tributo. Ao mesmo tempo, uma oportunidade de tirar as pessoas da pobreza”.