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24 de outubro

5 curiosidades sobre Goiânia que você provavelmente não sabia

Capital completa 89 anos | 24.10.22 - 09:30 5 curiosidades sobre Goiânia que você provavelmente não sabia Vista aéra da Praça Cívia, 1960 (Foto: Alois Feichtenberger Acervo MIS/GO)
Bruno Hermano

Goiânia - Fundada no dia 24 de outubro de 1933, Goiânia celebra 89 anos nesta segunda-feira (24/10). Para comemorar a data, o jornal A Redação preparou uma lista com cinco curiosidades sobre a história da capital goiana. Confira:
 
1 - Qual a origem do nome da capital?
Um jornal da cidade de Goiás realizou um concurso para a escolha do nome da nova capital. Boa parte das sugestões finalistas tinha como referência o nome de Pedro Ludovico Teixeira, o fundador da cidade. A ideia vencedora foi Petrônia. Goyania, título de um poema épico escrito por Manuel de Carvalho Ramos, foi uma das sugestões derrotadas na enquete. Contudo, foi escolhida por Pedro Ludovico para a nova capital.
 

Goiânia, vista aérea (Foto: acervo/Wolney Unes)
 
2 - Por que as ruas dos primeiros bairros de Goiânia têm números e não nomes?
No projeto inicial, o arquiteto Attilio Corrêa Lima propunha que as ruas tivessem números e não nomes, para que com o tempo pudessem receber nomes de heróis que surgiriam na própria capital.

Segundo o professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Wolney Unes, organizador do livro “Goiânia art déco: acervo arquitetônico e urbanístico - dossiê de tombamento”,  o arquiteto Attilio Corrêa Lima não queria usar nomes tradicionais, de figuras conhecidas nacionalmente, a exemplo de capitais mais antigas. Pedro acreditava que a região deveria homenagear, à medida que surgissem, seus próprios heróis. Assim, sugeriu usar números, que seriam posteriormente substituídos por nomes. Desse modo foi traçado o mapa dos primeiros bairros.

As avenidas do setor Central ganharam nomes regionais - como Goiás, Tocantins e Anhanguera - e as ruas, numeradas de 1 a 31. Na região conhecida como Bairro Popular, as ruas vão de 51 a 80; no Setor Sul, de 82 a 148; no Coimbra, 203 a 284. O modelo foi seguido ainda pelos setores Oeste e Vila Nova. Posteriormente, outros bairros abandonaram a sequência e alguns adicionaram letras para caracterizar a região da cidade, como o Setor Aeroporto. 
 
 
3 - Por que o projeto do Setor Sul ficou diferente dos outros bairros?
O Setor Sul certamente teria outro desenho caso seu projeto fosse de Attilio Corrêa Lima. Segundo o professor Wolney Unes, após trabalhar por cerca de três anos na proposta urbanística da nova capital, o arquiteto deixou o projeto e o então governo contratou o escritório Coimbra Bueno para a continuidade.

A firma Coimbra Bueno, por sua vez, convidou o arquiteto e urbanista Armando de Godoy, que redesenhou o Setor Sul, inspirado por Ebenezer Howard, que propunha modelos de cidade-jardim. São quadras com casas que possuem saída para ruas e, na outra extremidade, para bosques. 
 
Vista aérea da Praça do Cruzeiro (Foto:Prefeitura de Goiânia)

 
4 - Goiás tinha quantos habitantes na década de 1930?
Na década de 1930, o Estado de Goiás, que também abrangia a área que hoje é Estado do Tocantins, tinha 400 mil habitantes. Cerca de 80 mil viviam em áreas urbanas. As quatro maiores cidades, entre elas Catalão (a maior) e a antiga capital, Goiás, possuíam cerca de 4 mil habitantes. Em 1940, poucos anos após sua construção, Goiânia já possuía 18.889 habitantes.

Atualmente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que Goiás tenha mais de 7,2 milhões de habitantes. E, em Goiânia, o número é superior a 1,5 milhão. 
 

Avenida Goiás, 1950 (Foto: Hélio de Oliveira)
 
5 - Quanto tempo levava para fazer uma viagem de São Paulo à antiga capital de Goiás na época da construção de Goiânia?
Estima-se que o tempo de viagem era de 49 dias. Conforme relatos de viajantes, que podem ser conferidos no capítulo inicial do livro “Goiânia art déco: acervo arquitetônico e urbanístico - dossiê de tombamento”, o trecho inicial era de trem. De São Paulo a Araguari, ponto final da linha de ferro, eram quatro dias. Dali em diante, não havia estradas. Era preciso fazer a travessia do Rio Paranaíba, uma das partes mais desafiadoras, e seguir em jornada ininterrupta em lombo de mula por 45 dias.
 
 

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