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Ensino superior

UFG comemora 55 anos do IPTSP com homenagem aos pioneiros

Solenidade será nesta sexta (16) | 15.12.22 - 12:00 UFG comemora 55 anos do IPTSP com homenagem aos pioneiros Heloísa Machado Naves (Foto do álbum de Jales Naves)Jales Naves
Especial para A Redação
 
Goiânia – O Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), da Universidade Federal de Goiás (UFG), vai celebrar os seus 55 anos de história nesta sexta-feira (16/12), a partir das 8h, no auditório do Instituto. Na ocasião, haverá uma homenagem aos aposentados que trabalharam e ajudaram a construir a história do IPTSP, e ainda o lançamento do selo comemorativo dos seus 55 anos, que foi feito em parceria inédita com a Faculdade de Artes Visuais da UFG. Dentre os homenageados, a professora Heloísa Aparecida Machado Naves, que fez carreira no magistério superior, defendeu dissertação de Mestrado que obteve 10 com louvor de todos os membros da banca e realizou importante trabalho de pesquisa em sua área.
 
Para abrilhantar ainda mais a celebração, o Musiversidade e Saúde da UFG preparou um espetáculo que reunirá músicas brasileiras de grandes artistas interpretados pelos participantes do grupo. “Será um show vibrante e com músicas do imaginário popular para que as pessoas participem e cantem conosco durante o show. Esperamos que todos curtam bastante e celebrem os 55 anos de uma maneira muito especial”, conta o coordenador do Musiversidade e Saúde, que também é docente do IPTSP, Jonathas Xavier.
 
A diretora do IPTSP, Flávia Aparecida de Oliveira, conta que será um momento muito especial. "Poder reunir as pessoas para essa ocasião é de uma satisfação enorme; vamos poder relembrar e também pensar sobre os grandes momentos do IPTSP, de como queremos seguir para os 60 anos e dividir isso com as pessoas será muito importante. Apesar de todas as dificuldades que enfrentamos, pois a UFG vem passando por um momento muito difícil com os cortes orçamentários, os 55 anos nos fazem refletir que precisamos nos manter resistentes e buscar meios para que a universidade continue com o seu papel de propagação de conhecimento, formação e ensino a serviço da sociedade", finaliza a diretora.
 
A trajetória de Heloísa
A professora Heloisa Machado Naves é mineira de Ituiutaba, estudou o primário em Iturama, MG, o ginásio e o ensino médio em Bebedouro (SP), sempre se destacando pela disciplina e inteligência. Desde que chegou a Goiânia trabalhou para se sustentar e aos estudos, dedicando-se, sempre, ao magistério. Começou a lecionar, em 1970, no Externato São José.
 
Fez o Curso de Biologia (História Natural) na Universidade Católica de Goiás, que concluiu em 1974. Na época ela se projetou, pela sua competência, interesse e dedicação aos estudos, o que lhe abriu muitas portas. No ano seguinte, 1975, foi aprovada na rigorosa seleção para lecionar na UCG, tornando-se uma das pioneiras na introdução das disciplinas ‘Metodologia do Trabalho Científico’ e ‘Lógica’.
 
Em 1978 foi aprovada em nova rigorosa seleção, agora para lecionar na Universidade Federal de Goiás, em seu Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, período em que se destacou no ensino e na pesquisa acadêmica. Mesmo antes de concluir o Mestrado em Medicina Tropical, área de concentração em Parasitologia, pela UFG, já lecionava nos cursos de pós-graduação da área médica dessa instituição.
 
Aluna brilhante e pesquisadora incansável, realizou uma pesquisa de grande interesse social e repercussão, e com seu trabalho conquistou a nota 10 com louvor por unanimidade dos três exigentes membros da Banca Examinadora de seu Mestrado. Sua dissertação foi considerada uma tese de doutorado, tal o nível das pesquisas, que se concentraram em grupos de insetos que necessitam ser estudados continuamente, em função de sua importância para a sobrevivência humana e animal. Citou os ‘Culicidae’, pois nessa família acham-se os transmissores de malária humana, febre amarela e outras arboviroses.
 
Nessa elogiada dissertação ela já denunciava, na época, que o combate à malária, apesar dos esforços de pesquisadores, contava apenas com medidas profiláticas quanto aos reservatórios, transmissores e agentes sensíveis, não recebendo ainda cobertura vacinal. Mostrou que, em vários Estados brasileiros, a doença já ocorria em zonas urbanas, inclusive nas capitais. Nesses estudos científicos, na década de 1990, indicou que a febre amarela urbana, cujos transmissores são ‘Aedes (Stegomyia) albopictus’ e ‘Aedes (Stegomyia) aegypti’, estava sob cobertura vacinal. E denunciou que isso não ocorria com a dengue, que posteriormente fugiu ao controle das autoridades sanitárias, principalmente porque seu transmissor altera seu comportamento, adaptando-se aos mais diversificados ‘habitats’.
 
Em sua trajetória de pesquisa acadêmica, ela tem mais de 100 trabalhos publicados em revistas e em anais de congressos científicos.
 
Aposentada na UFG, voltou a lecionar na UCG e, mesmo não tendo titulação em ‘Lógica’, foi aprovada no concurso aberto na instituição para a disciplina. Mãe carinhosa, é extremamente dedicada à educação dos filhos e à família. Casada com o jornalista Jales Naves, tem três filhos: Rossana, Mariana e Jales Júnior, e duas netas, Antonella e Gisella Naves Machado.

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