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Prevenção

Agrodefesa capacita veterinários para atuação em casos de gripe aviária

Não há casos da doença em Goiás | 25.04.23 - 17:21 Agrodefesa capacita veterinários para atuação em casos de gripe aviária (Foto: Divulgação/Agrodefesa)
A Redação

Goiânia - 
 Com o objetivo de preparar os profissionais da medicina veterinária para enfrentamento da influenza aviária caso a doença chegue a Goiás, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) ministra, nos dias (25 e 26/4), o curso de capacitação técnica sobre Influenza Aviária e Protocolo de Necrópsia em Aves. O diretor de Defesa Agropecuária, Sérgio Paulo Coelho, fez a abertura dos trabalhos, quando reforçou a importância e a necessidade de estar preparado para enfrentar o problema.
 
Nos dois dias serão capacitados cerca de 80 profissionais, incluindo fiscais estaduais agropecuários da Agrodefesa, auditores fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que atuam no Estado de Goiás e médicos veterinários habilitados no Programa Nacional de Sanidade Avícola, que exercem atividades no segmento da sanidade animal. A coordenação dos trabalhos está a cargo da Gerência de Sanidade Animal, com supervisão da Diretoria de Defesa Agropecuária.
 
A meta é preparar profissionais para atuação efetiva em caso de introdução da influenza aviária em Goiás. Trata-se de uma doença com potencial para causar elevados prejuízos à cadeia de produção avícola, às pessoas e à economia do Estado e constitui uma ameaça real ao Brasil, já que foram detectados focos da doença no continente americano, principalmente nos Estados Unidos, México, Colômbia, Peru, Equador, Venezuela, Bolívia, Chile, Uruguai e Argentina.
 
Teoria e prática
O conteúdo do curso inclui informações teóricas e práticas, repassadas pela professora Ana Maria Almeida, da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás. Em palestra que fez na manhã desta terça-feira (25), ela discorreu sobre diversos aspectos da influenza aviária, inclusive fazendo um histórico do surgimento da doença, sua difusão pelos continentes e suas consequências, com prejuízos aos criadores e às economias dos países até os dias atuais. Também apresentou dados sobre a situação atual da doença que, nos Estados Unidos, já provocou o sacrifício de mais de 50 milhões de aves em 48 Estados do País.
 
No aspecto técnico, a professora falou sobre a etiologia da doença, especificando tipos e subtipos de vírus, sintomatologia e lesões
causadas pela gripe aviária e diferenciação em relação a outras doenças como Newcastle, Laringotraqueíte e Cólera Aviária. Usando
ilustrações e fotos, ela mostrou características das aves que são acometidas pela Influenza que, conforme reforçou, é uma doença
respiratória e que pode ser transmitida para diversas espécies animais e também para o homem.
 
O conteúdo prático está sendo repassado aos participantes no período da tarde, na Escola de Veterinária e Zootecnia da UFG. A orientadora também é a professora Ana Maria, que fará demonstrações práticas sobre procedimentos para realização de necrópsia em aves. Além disso, os participantes também terão oportunidade de aplicar os conhecimentos na prática, em aves a serem cedidas pela Escola.
 
Proteção individual
Os profissionais da medicina veterinária precisam estar preparados também para a sua própria proteção em caso de surto de gripe aviária. Principalmente porque a doença é classificada como zoonose, uma vez que pode ser transmissível aos seres humanos. Desse modo, a programação do curso incluiu também palestra para orientação quanto ao uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e como fazer a desinfecção desses equipamentos.
 
As orientações foram repassadas pelo técnico de Segurança do Trabalho, Maicon Queiroz, que atua no Serviço Especializado em Saúde e Medicina do Trabalho (Sesmt/Agrodefesa). Além de abordar o aspecto teórico sobre a importância dos equipamentos, ele também promoveu atividades dinâmicas com os participantes para demonstração prática do uso correto dos EPIs. A primeira turma, que fez o curso hoje, contou com 40 participantes. As atividades terão continuidade amanhã, quando outros 40 médicos veterinários farão o treinamento.

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