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Pesquisa

UFG e Anglo American celebram cooperação técnica na área de mineração

Projeto visa melhorar aproveitamento | 22.05.23 - 11:41 UFG e Anglo American celebram cooperação técnica na área de mineração (Foto: Carlos Siqueira/UFG)A Redação
 
Goiânia – Uma parceria iniciada em 2020, durante os primeiros meses da pandemia, e formalizada no ano passado no Diário Oficial da União (DOU), foi celebrada presencialmente neste mês de maio entre o Instituto de Química Universidade Federal de Goiás (IQ/UFG) e a empresa Anglo American no Câmpus Samambaia da UFG, em Goiânia.
 
O objetivo do acordo entre as duas instituições é a realização de cooperação técnica e científica, a partir da instalação e operação de uma planta piloto – que é um laboratório no qual são reproduzidos os equipamentos e processos de uma planta industrial, mas em uma escala intermediária. A capacidade é maior do que a que ocorre em testes de bancada e menor do que é encontrado em uma indústria – de lixiviação.
 
O projeto de pesquisa denominado "Otimização do Processo de Lixiviação Ácida Atmosférica em Planta Piloto dos Minérios Ferruginoso e Ácido Marginal" recebeu investimentos da ordem de R$ 1 milhão e tem validade prevista para outubro de 2024. Ao final do projeto, que pode vir a ter a validade ampliada, os equipamentos ficarão com o Instituto de Química da UFG.
 
Segundo o coordenador de Processos da Anglo American, Marcelo Miranda, a ideia é a possibilidade de estudar alguns minérios que já foram extraídos, estão armazenados, mas não estão sendo utilizados pela companhia. Com os testes que são feitos na planta piloto montada no IQ UFG, a expectativa é encontrar meios para aumentar a produção de níquel e resolver alguns gargalos nos processos da mineradora.
 
“É um projeto inovador que vai trazer não só resultados para a unidade da Anglo American em Barro Alto como também para vários stakeholders e a Universidade é um deles”, afirma Marcelo. O coordenador destaca que o interesse na parceria com a universidade, além de trazer recursos para a UFG, também contribui para o desenvolvimento de profissionais com conhecimento de mineração, como engenheiros e estagiários, que poderão ser empregados não apenas da Anglo American, como também de outras mineradoras.
 
Metais de interesse
O Estado de Goiás está entre os maiores produtores de níquel do Brasil e a Anglo American é uma das maiores mineradoras que atuam na região. Além dos minérios ricos em níquel atualmente processados na indústria, com a parceria com a UFG, também vai ser possível fazer o processamento dos minérios que possuem maior teor de contaminantes e menor concentração de níquel.
 
O diretor do Instituto de Química da UFG, Wendell Coltro, disse que a assinatura deste convênio é um marco. “É a Universidade fazendo o seu papel de universidade, trazendo a parceria, aproximando as empresas, por meio de contratos diversos, como esse acordo que estamos celebrando aqui”. Wendell comenta que essa relação tem se repetido em outras iniciativas que estão sendo traçadas. "Goiás é um estado muito rico e algumas das suas riquezas não são exploradas como poderiam, inclusive na área de mineração".
 
50 anos
O diretor de Operações de Níquel da Anglo American, Eduardo Caixeta, conta que os resultados obtidos na planta piloto instalada no IQ UFG têm sido positivos. "Nós podemos aumentar a nossa presença aqui no Estado de Goiás por mais 50 anos, no mínimo, porque ele destrava muitas oportunidades de desenvolvimento. Então, a gente está aqui pensando em um futuro bastante próspero e pensando principalmente nas comunidades de Barro Alto e Niquelândia, nas quais estamos inseridos".
 
A solenidade contou com a presença da reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Angelita Pereira de Lima, que reiterou que quando a universidade formaliza convênios dessa envergadura, "está estrategicamente de olho naquilo que um projeto como esse pode de fato oferecer à sociedade e à Universidade, que é a possibilidade de formar melhor nossos estudantes. Aqui, a pesquisa está voltada ao seu objetivo que é formar melhor os nossos estagiários, estudantes, cientistas e pesquisadores. Então, esse é um papel importante na relação adicional com as empresas que é fundamental para nós", ressalta.

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