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Saúde

Estudo da UFG ajuda a otimizar produção de próteses em impressora 3D

Pesquisa busca ampliar funcionalidades | 21.09.23 - 10:43 Estudo da UFG ajuda a otimizar produção de próteses em impressora 3D (Foto: divulgação)A Redação
 
Goiânia – O projeto de pesquisa “Desenvolvimento de Produtos Baseado no Design Circular”, do professor Pedro Henrique Gonçalves, vinculado ao Programa de Iniciação à Pesquisa Científica, Tecnológica e em Inovação da Universidade Federal de Goiás (PIP/UFG), aplicou materiais de baixo custo para aperfeiçoar a aderência de próteses fabricadas em impressoras 3D. O plano de trabalho, intitulado Estudo de Desenvolvimento de Órteses e Próteses Por Meio da Prototipagem Rápida, utilizou a estrutura do laboratório Ideias, Prototipagem e Empreendedorismo (IPELab) e teve foco em propiciar maior inclusão de pessoas que possuem um certo grau de amputação.
 
O estudo foi aprofundado pela estudante de Design de Produtos da Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFG), Laura Duarte Santana, sob orientação do professor e idealizador do projeto, Pedro Henrique. Laura notou que a aderência aos objetos é a limitação dos dispositivos impressos em 3D, pois os dedos de plástico não são suficientes para segurar objetos lisos. “Fiz um primeiro teste com a prótese segurando um objeto, sem nenhum material extra de adesão. O fato do objeto ser um cano reto e liso fez com que o mesmo escorregasse, comprovando a falha na preensão dessas próteses impressas”, relata.
 
Para a pesquisa, Laura cita que, inicialmente, buscou referências teóricas relacionadas ao objeto de estudo e conta que o livro “Ergonomia: Projeto e Produção", escrito por Itiro Iida, foi essencial na identificação de potenciais áreas de contato das mãos humanas. “Por meio de testes, apliquei quatro materiais diferentes: o silicone, o PVC [policloreto de vinil], o EVA [etil, vinil e acetato] e o látex. Por meio desses experimentos, notei que é possível sim melhorar a adesão aos objetos através da aplicação de certos materiais”, relata.
 
O resultado do experimento indicou que o látex, aplicado sobre as digitais, falanges e palma da mão protética, apresentou a melhor aderência, chegando a suportar mais de 500 gramas na maioria dos experimentos. “Esse estudo de caso demonstra uma evolução significativa na funcionalidade do dispositivo”. Para o professor Pedro Henrique, o uso de uma tecnologia de baixo custo nesse campo de pesquisa possibilitará maior funcionalidades de pessoas que têm algum tipo de amputação.
 
O estudo foi realizado pela estudante desde setembro de 2022 e, durante esse tempo, ela conta que atravessou alguns desafios. Para ela, um dos maiores impasses foi o fato de haver pouco campo teórico relacionado à temática. “Infelizmente ainda há poucos estudos relacionados a esse assunto tão específico. Uma outra dificuldade também foi no uso de alguns materiais nos experimentos, principalmente o Látex”, conta. O projeto final de Laura será apresentado no 20º Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFG (Conpeex), que ocorre entre os dias 22 e 24 de novembro, no Centro de Eventos da universidade.
 
Embora ainda esteja em fase de desenvolvimento, Pedro Henrique relata que, apesar dos desafios, o projeto possibilita a impressão em diferentes formatos. “Cada pessoa que necessita da prótese, possui uma dificuldade diferente. Isso faz com que cada projeto seja personalizado com características diferentes”, disse. Para ele, a pesquisa de Laura irá contribuir bastante na promoção de uma maior qualidade de vida para quem depende das próteses.
 
Além do projeto de pesquisa, o professor conta que há uma expectativa em firmar uma parceria com o Centro Estadual de Reabilitação e Recuperação (Crer). “A parceria com o Crer ainda está em tramitação e não temos um prazo específico, mas, se ocorrer, a ideia é fazer com que o centro nos auxilie, através de conhecimentos técnicos, na área de testagem, validação e acompanhamento dos pacientes a serem beneficiados”, conta.
 
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