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Laudo criminal

Valparaíso: impermeabilizante causou incêndio que acabou com família morta

Casal e bebê caíram do 7º andar | 23.10.24 - 22:41 Valparaíso: impermeabilizante causou incêndio que acabou com família morta Valparaíso: impermeabilizante causou incêndio que acabou com família morta. (Foto: Divulgação Corpo de Bombeiros)
 
A Redação
 
Goiânia - Dois meses depois do incêndio que tirou a vida de um casal e de um bebê de 23 dias em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, a Polícia Civil (PCGO) concluiu que as chamas foram causadas por um produto usado na impermeabilização do sofá da família.

Segundo o documento divulgado nesta quarta-feira (23/10), o fogo começou entre a cozinha e a sala do apartamento onde Luiz Evaldo Lima, Graciane Rosa de Oliveira e Léo moravam e que outras hipóteses da causa do incidente foram analisadas, como problemas elétricos ou de vazamento de gás do próprio apartamento. As estrutura, porém, estavam intactas e com validade em dia.
 
O técnico de impermeabilização foi indiciado por incêndio culposo, que resultou nas mortes e na lesão corporal de Maria das Graças, mãe de Graciane. Ele vai responder em liberdade. 
 
O produto
Segundo a polícia, o produto foi comprado por Graciane pela internet, ou seja, é de fácil acesso. Além de tóxico, ele não apresenta cheiro, o que dificulta a identificação de um eventual vazamento. O grande problema, porém, e que no momento da aplicação a mulher estava na cozinha, com as chamas do fogão ligadas.

"O produto, em forma líquida, passou a ser vaporizado para impermeabilizar o sofá. O gás foi gerado depressa, se concentrando na parte inferior do ambiente e foi subindo até entrar em contato com o fogo da chama do fogão, o que causou a explosão”, afirmou o perito Fernando Lerbach.
 
Queda acidental
Ainda de acordo com Lerbach, a queda do casal e do bebê do apartamento em chamas foi acidental. "Eles estavam no quarto e foram até a janela buscar um ambiente mais fresco para respirar. A mãe se desequilibra com o bebê nos braços, o pai segura a mãe, a tela rompe e os três caem”, afirmou o perito.
 
O perito também explicou que outro fator que demonstra que as vítimas caíram de forma acidental é a proximidade com que os corpos estavam da prumada do prédio. 

"Quando a gente faz uma análise, um dos parâmetros que usamos é o deslocamento da vítima em relação ao ponto em que ela caiu. Quando é uma queda acidental, geralmente essa proximidade é bem pequena, como foi o caso. Todas as vítimas estavam muito próximas à prumada do prédio, o que indica para nós que foi realmente uma queda acidental, e não alguém que se projetou para frente."

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