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Transporte Coletivo

Nova reunião sobre reajuste de motoristas de ônibus termina sem acordo

Assembleia da categoria está em discussão | 11.06.25 - 11:45 Nova reunião sobre reajuste de motoristas de ônibus termina sem acordo Nova reunião sobre reajuste de motoristas de ônibus termina sem acordo (foto: Secom)Samuel Straioto

Goiânia - A reunião entre o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (SET) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos (Sindicoletivo), realizada na terça-feira (10), terminou sem acordo. Após seis encontros presenciais desde março, as empresas propuseram um reajuste de 5,3%, composto por 4,8% de reposição da inflação e 0,5% de ganho real. A proposta foi levada à categoria, que discute agora os próximos passos da mobilização.

Reação
Para o presidente do Sindicoletivo, Carlos Alberto Luiz dos Santos, a proposta ficou aquém do que era esperado. “Depois de seis reuniões, eles ofereceram 0,5% de ganho real. Isso é pouco diante da responsabilidade que a função exige e das perdas acumuladas”, avaliou.

Ele também mencionou que, durante a pandemia, os trabalhadores mantiveram o serviço ativo sem receber reajuste em 2020. “Recebemos o mesmo salário de 2019 durante todo aquele ano”, disse.

Além do percentual, o sindicato apresentou outras demandas, como a retomada do transporte dos funcionários até as garagens e a recomposição do adicional por tempo de serviço, retirado em 2017.

Histórico
O salário base atual de um motorista de ônibus em Goiânia é de R$ 2.830 para jornada de 8 horas diárias. Em 2024, um acordo homologado no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região garantiu reajuste de 7,5%, elevando os vencimentos para cerca de R$ 3.042. Segundo o Sindicoletivo, o índice apresentado em 2025 ficou abaixo do reajuste aplicado ao salário mínimo nacional.

Encaminhamentos
O sindicato informou que entrará com pedido de mediação junto à Superintendência Regional do Trabalho nos próximos dias. Se não houver avanço, a negociação poderá ser levada ao Ministério Público do Trabalho. Persistindo o impasse, o Sindicoletivo estuda a abertura de um dissídio coletivo de natureza econômica no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região.

A realização de uma assembleia geral com os trabalhadores também está em discussão, com possibilidade de ocorrer entre os dias 21 e 22 de junho. Somente após esse encontro é que poderá ser definido um indicativo de greve. Caso a paralisação seja aprovada, será necessário o cumprimento de aviso prévio de 72 horas, conforme determina a legislação.

Posicionamento

O Sindicato das Empresas de Transporte Público de Goiânia e região Metropolitana (SET), informou por meio de nota que ainda não chegou a um resultado comum com a diretoria do Sindcoletivo. O SET reafirmou o interesse para as discussões em torno de um reajuste e ressaltou que todas as tratativas têm se mantido dentro do respeito mútuo e com esforço de ambas as partes.
 
A proposta do SET prevê a reposição da inflação integral 4,86% + 0,5% de ganho real, dando um total de 5,36%. Algo que nenhuma categoria está tendo.

O Sindicato destaca que nos últimos dois anos a categoria acumulou 9% de ganho real significativo para compensar perdas da pandemia. 

Veja a nota na íntegra

"O Sindicato das Empresas de Transporte Público de Goiânia e região Metropolitana (SET), informa que a reunião desta terça-feira, 10, ainda não chegou a um resultado comum com a diretoria do Sindcoletivo. O SET reafirma o interesse para as discussões em torno de um reajuste e ressalta que todas as tratativas têm se mantido dentro do respeito mútuo e com esforço de ambas as partes.
 
A proposta do SET prevê a reposição da inflação integral 4,86% + 0,5% de ganho real, dando um total de 5,36%. Algo que nenhuma categoria está tendo. Nos últimos 2 anos a categoria acumulou 9% de ganho real significativo para compensar perdas da pandemia. O que este ano, um ano desafiador por conta dos investimentos altos na recuperação da RMTC, não será possível aplicar. Continuamos dispostos a negociar com o sindicato"
 
O que foi proposto e os próximos passos?

Proposta apresentada pelo SET:
  • 4,86% de reposição da inflação (março/24 a fevereiro/25)
  • 0,5% de ganho real
  • Total: 5,36% de reajuste salarial

Próximos passos definidos pelo Sindicoletivo:
  • Solicitação de mediação à Superintendência Regional do Trabalho
  • Possível encaminhamento ao Ministério Público do Trabalho
  • Estudo para abertura de dissídio coletivo no TRT da 18ª Região
  • Discussão sobre assembleia da categoria com possibilidade de ocorrer nos dias 21 e 22 de junho
  • Se aprovada greve, haverá notificação prévia de 72 horas conforme exigido por lei
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