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Medida visa prevenir a ferrugem asiática | 23.06.25 - 12:54
Soja (Foto: Wenderson Araújo/CNA)A Redação
Goiânia – A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) alerta os produtores rurais que o vazio sanitário da soja terá início nesta sexta-feira (27/6) deste ano em todo o território goiano. Até o dia 24 de setembro, estão proibidos o cultivo e a manutenção de plantas vivas de soja, inclusive as tigueras – aquelas que germinam espontaneamente após a colheita. A medida visa prevenir e controlar a ferrugem asiática, uma das doenças mais severas da cultura da soja.
Segundo o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, o período de 90 dias sem plantas vivas no campo é uma medida fitossanitária essencial para reduzir o inóculo do fungo causador da ferrugem asiática, contribuindo para a sanidade das lavouras e o sucesso da próxima safra.
“O produtor rural goiano sabe que é necessário seguir o calendário fitossanitário e sempre busca cumprir os prazos. É um grande parceiro da defesa agropecuária. Mas é papel da Agrodefesa orientar e reforçar a importância de adotar as medidas fitossanitárias para ajudar a reduzir a incidência da ferrugem asiática no campo, assegurando assim a sanidade vegetal no Estado e, por consequência, os bons números da agricultura goiana”, afirma.
Em Goiás, a estratégia é especialmente importante porque o Estado é o terceiro maior produtor de soja do Brasil – atrás apenas de Mato Grosso e Paraná -, com papel relevante na economia agrícola nacional e nas exportações. Dados do 11º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado no dia 12/06, mostram que a estimativa para a safra 2024/2025 é de mais de 20,4 milhões de toneladas de soja, cultivadas em uma área de 4,95 milhões de hectares, com produtividade média de 4,12 toneladas por hectare.
O que é a ferrugem asiática
A ferrugem asiática é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi que ataca as folhas da planta de soja, formando pequenas pústulas marrons ou alaranjadas. A doença se propaga por esporos que se espalham pelo vento e podem percorrer grandes distâncias. Quando encontra plantas hospedeiras vivas, o fungo se multiplica rapidamente, provocando desfolha precoce, redução da produtividade e aumento do custo de produção com aplicações de fungicidas.
Com alta capacidade de disseminação, a ferrugem asiática, se não for controlada, pode causar perdas superiores a 70% da produção em áreas severamente afetadas. Por isso, é considerada a principal ameaça sanitária à cultura da soja.