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ECONOMIA

Sistema OCB/GO propõe uso das cooperativas para enfrentar tarifaço

Instituição reuniu com Caiado | 22.07.25 - 18:43 Sistema OCB/GO propõe uso das cooperativas para enfrentar tarifaço Presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira (foto: divulgação)
A Redação

Goiânia
- As cooperativas de crédito podem ser aliadas estratégicas das empresas goianas na superação da crise comercial com os Estados Unidos. A proposta foi apresentada pelo presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, durante reunião nesta terça-feira (22/7), no Palácio das Esmeraldas, onde o governador Ronaldo Caiado detalhou medidas de apoio ao setor produtivo e a criação de uma nova linha de crédito para os exportadores do estado.

Com início previsto para agosto, o governo anunciou também um fundo de investimento baseado em créditos de ICMS da exportação. A iniciativa visa garantir crédito aos setores mais afetados, no valor de R$ 314 milhões. A taxa de juros será de 10% ao ano, inferior às praticadas por programas federais. Como contrapartida, as empresas devem manter os empregos.
 
Presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira afirmou que o cooperativismo de crédito está pronto para somar esforços com o governo. "Em 2024, emprestamos R$ 24 bilhões. Temos juros mais baixos, agilidade, capilaridade e confiança do produtor. Só em Goiás, as cooperativas contam com 432 pontos de atendimento”, enfatizou.
 
O Governador Ronaldo Caiado agradeceu a proposta de apoio do Sistema OCB/GO e destacou que a entidade sempre apoiou o governo de Goiás com soluções para momentos de crise. "Um ponto importante sempre foi chamar as entidades de classe e os poderes para que, de forma conjunta, buscássemos alternativas para superar os desafios. Esses desafios (tarifaço) poderão ser mantidos, reduzidos ou até revogados, mas não sabemos ainda. Como médico, cabe a mim tomar medidas preventivas, para que não sejamos pegos de surpresa, sem saber como resolver e como atender vocês”, disse Caiado.
 
Segundo o presidente do Sistema OCB/GO, as cooperativas, notadamente as do ramo agro, vão começar a sentir os efeitos do tarifaço pela base, caso a medida norte-americana se concretize e o Brasil exerça a reciprocidade. "Só no agronegócio, são 48 mil agricultores cooperados em Goiás. Eles serão pressionados pelo aumento dos custos e redução nos preços de venda”, alertou. Para Luís Alberto, esse impacto pode se alastrar por toda a cadeia produtiva, exigindo medidas imediatas e efetivas.
 
Além da apresentação da linha emergencial de crédito, a reunião marcou o início da atuação de um grupo de trabalho integrado por representantes do governo estadual e da iniciativa privada. O grupo definirá a adoção de outras ações conjuntas visando proteger a economia goiana dos efeitos do “tarifaço”, que pode entrar em vigor no próximo dia 1º de agosto.

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