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INTERNACIONAL

Justiça da Itália marca nova audiência no processo de extradição de Carla Zambelli

Deputada federal foi condenada pelo STF | 11.08.25 - 14:45 Justiça da Itália marca nova audiência no processo de extradição de Carla Zambelli Justiça da Itália marca nova audiência no processo de extradição de Carla Zambelli (foto: Agência Brasil)
 
São Paulo - O Tribunal de Apelação de Roma, na Itália, marcou para a quarta-feira (13/8), uma audiência para ouvir a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) sobre seu processo de extradição. A parlamentar foi presa em Roma no dia 29 de julho após passar dois meses foragida no país.
 
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por ter coordenado um ataque hacker contra o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após a prisão, Zambelli prestou depoimento na Itália e optou pelo processo de extradição, que deve levar um ano e meio a dois anos, em vez de retornar por conta própria ao Brasil. 
 
O tribunal italiano fica responsável por analisar as acusações contra a parlamentar e decidir pela extradição. A Justiça italiana determinou que ela deve continuar presa até os tramites serem concluídos. Zambelli aguarda o processo de extradição na prisão feminina Germana Stefanini, que faz parte do Complexo Penitenciário de Rebibbia. O Estadão entrou em contato com a defesa de Zambelli e aguarda retorno. 
 
Extradição de Carla Zambelli
Carla Zambelli, que tem cidadania italiana, foi para o país para evitar ser presa pela invasão do sistema do CNJ para emissão de um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Segundo as investigações, o ataque hacker foi executado por Walter Delgatti, que também foi condenado e confirmou ter realizado o trabalho a mando da parlamentar.

Quando foi para Itália, Zambelli declarou que era "intocável" no país europeu e que, por ser cidadã italiana, não poderia ser extraditada ao Brasil. Dois dias antes da prisão, a deputada publicou um vídeo em seu perfil reserva no Instagram no qual disse que estava vivendo como "exilada política" na Itália. Além do ataque hacker, Zambelli é ré no STF por perseguição armada nas eleições de 2022.

No início do mês, o ministro Gilmar Mendes determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) inclua o inquérito no pedido de extradição da deputada. A ação ainda em curso foi aberta após a deputada ser filmada sacando uma arma e apontado para um homem no meio da rua em São Paulo. Inicialmente, ela alegou que o homem a teria agredido, o que foi descartado pelos investigadores.

Outro processo contra Zambelli é o de cassação de seu mandato na Câmara dos Deputados, que deve ser votado ainda neste semestre. Já foram definidas as diligências que serão realizadas, mas ainda não há data marcada para as reuniões. A fase de instrução probatória inclui a oitiva da deputada, que será realizada por videoconferência, e de testemunhas. (Agência Estado)

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