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Goiânia

Gêmeas siamesas de Manaus recebem alta após 107 dias de internação

Cirurgia de separação foi realizada em maio | 11.08.25 - 16:10 Gêmeas siamesas de Manaus recebem alta após 107 dias de internação Eliza e Yasmin se despediram da equipe e seguiram para Manaus (Foto: Hecad)
A Redação

Goiânia -
As gêmeas siamesas Eliza Vitória e Yasmin Vitória, nascidas unidas pelo tórax e abdômen e separadas com sucesso há quase três meses, receberam alta médica neste sábado (9/8), ap[ós 107 dias de internação. Elas estavam no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), desde a realização do procedimento, no dia 13 de maio, pelo cirurgião pediátrico Zacharias Calil.
 
As meninas nasceram no dia 9 de abril, em Manaus (AM), e foram diagnosticadas como toracoonfalópagas, compartilhando o mesmo fígado. Aos 15 dias de vida, foram transferidas por UTI aérea para Goiânia (GO), onde passaram a ser acompanhadas por uma equipe multiprofissional do Hecad. Após a cirurgia de separação, Eliza e Yasmin permaneceram internadas na UTI Pediátrica até o fim de junho e, posteriormente, seguiram para a enfermaria, totalizando 107 dias de internação. Desde a chegada, a mãe, Elizandra Henrique, e a avó materna, Eliana Henrique, residiram na unidade como acompanhantes, recebendo todo o suporte das equipes multiprofissionais do hospital e acompanhando de perto cada etapa da recuperação.
 
A alta médica, no sábado (9), foi marcada por momentos emocionantes: profissionais se reuniram para cantar parabéns pelo quarto mês de vida das meninas e formaram um corredor de aplausos para celebrar a recuperação. Já a alta hospitalar aconteceu no domingo (10), ainda pela manhã, quando Eliza e Yasmin se despediram da equipe e seguiram para Manaus (AM), onde foram recepcionadas no aeroporto pela família.
 
Para o Zacharias Calil, as gêmeas deixaram o hospital no momento certo: “As meninas venceram a batalha e, depois de ver que estavam totalmente preparadas para casa, liberei a alta para que pudessem, junto de sua mãe e avó, celebrar o Dia dos Pais com a família. Agora elas poderão seguir com a vida normal de uma criança, claro, com alguns cuidados especiais, mas fora de perigo, saudáveis e independentes uma da outra.”
 
A mãe, emocionada, resumiu em gratidão o que viveu no Hecad: “A felicidade de voltar para casa não tem tamanho. Só tenho a agradecer a todos os profissionais do hospital, que ajudaram a dar esperança de um futuro para minhas filhas. O que antes eu via como uma luz no fim do túnel agora é um dia lindo e ensolarado. Esses mais de 100 dias foram de muita luta, mas sempre encontrei forças e amparo no ombro e nos abraços de cada profissional de saúde que passava por nós todos os dias. Vou levar o Hecad para sempre no meu coração e espero voltar para visitar quando as meninas estiverem maiores.”
 
Para o diretor-geral do Hecad, Ronny Rezende, o caso reforça o papel da unidade como referência nacional: “A estrutura que temos hoje permite que crianças de todo o país tenham esperança e acesso a tratamentos complexos, com segurança, qualidade e humanização, de forma totalmente gratuita. Nossa unidade tem apenas três anos de existência, mas já é grande e com potencial para ser ainda maior, ampliando cada vez mais o alcance e o impacto do nosso trabalho.”
 
O Hecad é referência em média e alta complexidade pediátrica pelo SUS e já realizou, desde a sua inauguração, três cirurgias de separação de gêmeos siameses, todas em pacientes vindos de outros estados. Com infraestrutura moderna, tecnologia de ponta e equipes altamente especializadas, a unidade ocupa hoje um papel de protagonismo nacional, oferecendo condições ideais para procedimentos de altíssima complexidade que, no passado, eram feitos de forma adaptada em outros hospitais.

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