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Ciência

Cerrado perde espécies antes mesmo de serem descobertas, alerta estudo

Pesquisa foi conduzida na UFG | 21.08.25 - 11:21 Cerrado perde espécies antes mesmo de serem descobertas, alerta estudo Área agrícola avança sobre o Cerrado: degradação pode levar a vazios de conhecimento (Foto: Adriano Gambarini/WWF Brasil)A Redação
 
Goiânia – Uma pesquisa liderada pela professora Rosane Garcia Collevatti do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (ICB/UFG), publicada no periódico científico Biological Conservation acende um alerta sobre a rápida perda do Cerrado, especialmente em áreas ainda pouco conhecidas pela ciência, como a região Norte. O artigo aponta que atualmente as áreas mais ameaçadas do bioma são, contraditoriamente, as menos estudadas – um fenômeno que pode estar levando à extinção de espécies antes mesmo de serem registradas.
 
A pesquisa surgiu da constatação feita ao longo de mais de duas décadas de trabalho da pesquisadora. "Em muitas coletas, percebi que, ao retornar dois anos depois, a área simplesmente não existia mais. Isso acendeu o alerta de que estamos perdendo espécies antes mesmo de conhecê-las", explica a professora.
 
O trabalho baseou-se em um levantamento de dados da literatura científica, repositórios de teses e boletins técnicos de coletas botânicas no Cerrado, com o uso de ferramentas computacionais para sistematizar as informações. "A partir dessas informações, conseguimos mapear quais regiões do bioma foram bem ou mal amostradas e associar esses dados com o grau de preservação atual dessas áreas", detalha Rosane.
 
A pesquisadora alerta que o resultado é preocupante: as regiões ao Norte do bioma, especialmente partes do Maranhão, Piauí, norte da Bahia e Tocantins (Matopiba), concentram os maiores vazios de conhecimento sobre a flora e, paradoxalmente, são também as áreas mais afetadas pelo desmatamento nos últimos anos. Segundo ela, esse mapeamento é essencial, pois "esse tipo de estudo é fundamental para traçar estratégias de amostragem e financiamento em áreas prioritárias, além de sinalizar quais regiões devem ser preservadas com mais urgência".
 
Confira o artigo aqui.
 
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