A Redação
Goiânia - O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) concluiu um mutirão que resultou em 347 cirurgias realizadas em cerca de duas semanas, superando a meta inicial de 160 procedimentos. A ação, prevista em plano de contingência do Governo de Goiás, ampliou em 25% a média de atendimentos no período, com equipes atuando também à noite e nos fins de semana para enfrentar o aumento da demanda na unidade.
A prioridade foi atender os casos ortopédicos, que representavam a maior demanda, além de procedimentos gerais, vasculares e neurocirúrgicos. A iniciativa ocorreu de 27 de agosto a 14 de setembro e de acordo com a diretora médica do Hugo, Fabiana Rolla, o engajamento das equipes foi essencial. “Conseguimos garantir resolutividade, mesmo em um cenário desafiador, de alta demanda e gerenciamento de casos urgentes. Nosso objetivo foi atender com celeridade, mas preservando o cuidado centrado no paciente. O resultado possibilitou maior giro de leitos e, consequentemente, ampliou o acesso dos pacientes”, destaca a médica.
Outro dado destacado pela gestão da unidade de saúde é que, em menos de um ano, houve redução do tempo médio de espera por cirurgias de cerca de 60 dias para apenas oito. Isso graças à implementação de um conjunto de ações estruturadas, como o Projeto Terapêutico Singular (PTS), programas de controle de infecções e novas estratégias de alta hospitalar planejada e acompanhamento ambulatorial.
A mobilização também se somou a outras medidas previstas no plano de contingência, como a criação de novos fluxos assistenciais no pronto-socorro e o direcionamento interno dos pacientes, conforme o nível de gravidade, para as Unidades de Internação (UI), Ortopedia (UOT) e Cirurgia (UDC). Nelas, os pacientes recebem assistência integral e todo o cuidado necessário enquanto aguardam o leito definitivo de enfermaria.
“Apesar de ser uma unidade regulada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), o dia a dia no Hugo é dinâmico e imprevisível, pois recebemos diariamente pacientes direcionados pelo Samu e Corpo de Bombeiros, sem que seja possível prever quantas pessoas chegarão ou qual será a gravidade dos casos, o que exige um modelo de gestão e profissionais preparados”, destaca a diretora médica, ao completar: “O plano será acionado sempre que necessário, visando assegurar que o hospital trabalhe de forma ágil e organizada, mesmo diante de alta demanda”.