José Abrão
Goiânia – O incêndio que atinge a Chapada dos Veadeiros em Goiás já dura 12 dias e afeta principalmente comunidades nos municípios de Cavalcante e Colinas do Sul, impactando 87 mil hectares. Segundo boletim divulgado pelo Corpo de Bombeiros nesta segunda (6/10), o fogo já consumiu 27 mil hectares em Cavalcante e 35 mil em Colinas do Sul. Já em Alto Paraíso, a área atingida é de aproximadamente 25 mil hectares, englobando áreas protegidas, propriedades rurais e o entorno do Parque Estadual Águas do Paraíso.
Equipes seguem atuando no combate a incêndios florestais na região do povoado da Rocinha, Fazenda Mato Verde e Fazenda Brejo, no município de Cavalcante. A área protegida da região chega a cerca de 50 mil hectares, com risco potencial para residências e animais.
A situação permanece sob atenção devido à ocorrência de reignições causadas pelos ventos fortes, que favorecem o avanço do fogo em pontos isolados e de difícil acesso. Embora a maior parte do incêndio esteja controlada, ainda há focos ativos em algumas frentes, exigindo ações contínuas de combate e monitoramento.
Em Colinas, as equipes estão atuando na região do Rio Preto, em Colinas do Sul-GO, nas proximidades da Subestação de Energia Elétrica Serra da Mesa II. Elas concentram esforços em um dos principais pontos de combate, com o objetivo de impedir que o incêndio avance para áreas de pastagem e atinja uma Área de Preservação Permanente (APP). Focos continuam ativos em duas frentes, exigindo trabalho intenso e constante reposicionamento devido às mudanças no vento. A região tem 60 mil hectares de áreas protegidas sob risco.
Em Alto Paraíso, as equipes conseguiram controlar a frente de incêndio que avançava em direção ao Parque Estadual, precisamente na estrada que divide a unidade de conservação da região atingida pelo fogo. No entanto, uma frente oposta ainda permanece ativa, e o combate segue intenso, com boa previsão de extinção completa dos focos ainda nesta segunda.
As principais ações realizadas incluem a abertura de aceiros, combate direto às chamas, rescaldo e monitoramento contínuo. A operação conta também com o apoio logístico de fazendeiros da região, que auxiliam com insumos e estrutura.
Devido às condições de vento e relevo, a previsão é de que o incêndio ainda perdure por mais alguns dias.